Rio - Alguns políticos que apoiam Pezão já começam a dar sinais de insatisfação com as dificuldades do governo em pagar fornecedores de produtos e serviços. Alegam que têm sofrido muitas pressões de setores afetados pelos atrasos.
Um dos aliados recorre aos números e cita que a arrecadação do estado no primeiro trimestre de 2015 é quase igual à verificada no mesmo período do ano passado. A inflação ao longo de 12 meses — em torno de 7% — não justificaria um impacto tão grande no caixa.
Os aumentos
Muitos acham que, apesar da queda nos royalties, a crise está também relacionada aos aumentos de salários para mais de 30 categorias propostos em 2014 por Pezão e aprovados pela Assembleia Legislativa. O impacto das medidas foi estimado em cerca de R$ 1 bilhão por ano.</CW>
Coração volúvel
É a velha história: coração de governante fica mole em época eleitoral e duro feito pedra no ano seguinte. É assim em todo o país.
Agora vai!
Apesar de tudo, sinais de alívio no horizonte. Ontem, durante reunião com toda a equipe de governo, Júlio Bueno, secretário de Fazenda, prometeu que, em maio, vai liberar as datas em que serão quitadas dívidas... do ano passado.
Toma lá, dá cá
Credor de muitas empresas, o governo agiliza negociações. Em troca do perdão de parte de suas dívidas, a Petrobras entregaria combustível para o estado.
Promessa
Ministro dos Portos, Edinho Araújo disse ao secretário de Transportes, Carlos Roberto Osório, que a melhoria do acesso ao Porto do Rio é prioritária. O governo estadual e empresários ficaram de bancar os projetos das obras.