Rio - A nadadora Sarah Corrêa, de 22 anos, será enterrada com o uniforme que usou nos Jogos Pan-Americanos de 2011, em Guadalajara, no México, quando ganhou a medalha de prata no revezamento 4x200m livre. Segundo a mãe da jovem, Maria Fátima Alves Gonçalves, 55, a atleta tinha planos de voltar a nadar pelo Flamengo no próximo ano, no entanto, seu sonho foi destruído, na noite da última sexta-feira, quando ela foi atropelada por um carro na Estrada dos Bandeirantes, em Vargem Pequena, na Zona Oeste do Rio.
A jovem, que foi atingida em um ponto de ônibus quando aguardava um coletivo para seguir para uma festa no Leblon, na Zona Sul, chegou a ficar internada em estado gravíssimo no Hospital Municipal Miguel Couto, na Gávea, após o acidente, mas não resistiu e teve morte cerebral no sábado.
"Esse rapaz (o atropelador) tinha na ficha criminal três atropelamentos, todos por embriaguez. Segundo moradores da região, toda vez que ele atropela alguém, a esposa dele costuma passar pelo local de carro para ajudá-lo a fugir. Na sexta-feira, ela teria ajudado ele a sair do local do acidente de carro, e isso teria ocorrido nas outras vezes que ele atropelou alguém estando embriagado", contou Maria Fátima.
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No final da manhã deste domingo, a família de Sarah Corrêa compareceu ao Instituto Médico Legal Afrânio Peixoto, para liberar o corpo da jovem. A atleta será velada no Cemitério do Caju, a partir desta tarde, mas a hora de seu enterro ainda não foi divulgada. Segundo a família dela, o sepultamento pode ocorrer tanto nesta tarde quanto na manhã desta segunda-feira.
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Ao DIA, Maria Fátima reclamou do trabalho da Polícia Civil, que teria liberado o suspeito, mesmo com ele tendo crimes parecidos em sua ficha criminal. "Apesar de a polícia ter divulgado que ele foi ao hospital e depois à delegacia, ficamos sabendo também por moradores da região que ele foi localizado naquela sexta-feira á noite numa churrascaria", disse ela, afirmando que essa informação ainda não está confirmada.
O primo da jovem, o empresário Reno Magalhães Halliwell Veltman, de 44 anos, também criticou a atitude da Polícia Civil. "A família considera imprudente o fato de a polícia ter liberado o suspeito para responder em liberdade, mesmo depois dele ter atropelado a Sarah e o outro rapaz". "Como o processo ainda não está em esfera judicial, já foram divulgados os nomes das vítimas e já se sabe o endereço de quem as atropelou. Manter o anonimato dele, na minha opinião, é inadequado", criticou.
Pai de Sarah, Bismark Corrêa, de 48 anos, disse que prefere não falar sobre o ocorrido agora agora porque "a família está tomada por um momento de emoção". Bismark, que teme que se manifestar possa prejudicar a investigação, afirmou que se pronunciará à imprensa posteriormente. Além dos pais, Sarah deixou um irmão, que mora na Espanha, e outro que vivia com ela e os pais. Ela era a única menina do casal.
Segunda vítima é enterrada
Além de Sarah Corrêa, estava no ponto de ônibus da Estrada dos Bandeirantes, na última sexta-feira, Paulo Coelho Soares, de 58 anos. Ele também foi atropelado e ficou com o corpo preso embaixo do carro do suspeito. O corpo de Paulo foi enterrado, na tarde deste domingo, no Cemitério do Pechincha, em Jacarepaguá, na Zona Oeste.
