Rio - A Polícia Civil fará nesta quarta-feira uma nova perícia no local onde a nadadora Sarah Corrêa e o funcionário da Comlurb, Paulo Coelho Soares foram atropelados na última sexta-feira. Eles morreram após serem atingidos pelo carro dirigido por Diogo Barreira Brito, de 29 anos, na Estrada dos Bandeirantes, em Vargem Pequena. A ação visa tentar esclarecer se o motorista estava em alta velocidade no momento do acidente.

Na tarde de terça-feira, acompanhado de um advogado e da esposa, Diogo Barreira prestou depoimento na 42ªDP. O suspeito voltou a afirmar que um buraco na pista foi o principal culpado pela perda de direção do veículo. Outras testemunhas também foram ouvidas pelos policiais.
Diogo também negou que tenha fugido do local. Ele reafirmou que não prestou socorro porque estava ferido. As testemunhas rejeitaram a versão apresentada pelo acusado e relataram a alta velocidade do veículo no momento dos atropelamentos.
“Agora a perícia vai dizer se tinha mesmo buraco na pista, em qual velocidade ele estava e as reais circunstâncias do ocorrido”, enfatizou a delegada Adriana Belém, que ainda espera ouvir testemunhas e realizar perícias complementares.

De acordo com a delegada, Diogo Barreira deve ser indiciado por duplo homicídio doloso, quando se assume o risco de matar. "Todos são unânimes em afirmar que ele (Diogo) vinha em alta velocidade. Isso já sugere o indiciamento por duplo homicídio por dolo eventual", disse ao RJTV.
Filha de vítima pede por justiça
O acidente foi filmado por câmeras de segurança, que mostram o carro avançando sobre o ponto de ônibus, onde as vítimas estavam. Ele pode ser indiciado por duplo homicídio doloso, quando há intenção.
A filha de Paulo Soares também prestou depoimento na 42ªDP. Sem querer se identificar, ela pediu que Diogo Barreira seja punido pelas duas mortes. "Eu quero justiça, quero que ele pague pelo que fez para que ele não possa fazer com que outras famílias sofram também", afirmou ao RJTV.