Rio - Depois do acidente com a barca Vital Brazil, na Ilha do Governador, no fim da tarde desta quinta-feira, e que causou pânico entre passageiros, o Procon Estadual autuou nesta sexta-feira a CCR Barcas. A embarcação colidiu com o píer flutuante da Estação Cocotá, afetando 732 passageiros, que foram obrigados a esperar por mais de duas horas o socorro dentro da barca.
Barca se choca contra píer e assusta passageiros
Para o Procon, a empresa desrespeitou o código de Defesa do Consumidor, pois não houve serviço adequado aos passageiros. A autarquia explica que "toda empresa de concessão pública deve fornecer um serviço adequado que deve satisfazer, entre outras coisas, as condições de continuidade, segurança e eficiência". Lembrou ainda que "os órgãos públicos ou suas concessionárias são obrigadas a fornecer serviços adequados, eficientes, seguros e contínuos".
A CCR Barcas tem um prazo de 15 dias para apresentar a sua defesa. Caso o Procon não a aceite, a concessionária será multada.
Embarcação colidiu com píer flutuante na estação
O acidente envolvendo a barca Vital Brazil assustou passageiros na noite de ontem na Estação de Cocotá, na Ilha do Governador, interrompendo temporariamente a travessia. A embarcação não conseguiu parar e colidiu com o píer flutuante da estação ao tentar realizar a manobra para o desembarque. Apesar de ninguém ter ficado ferido, muitas pessoas preferiram colocar o colete salva-vidas à espera de socorro.
Segundo relatos enviados ao WhatsApp do DIA (98762-4882), a barca saiu da Praça XV por volta das 17h30. Na chegada à plataforma de desembarque, por volta das 18h20, acabou se chocando contra o píer da estação.
“A barca não conseguiu frear e saiu arrastando o píer por onde as pessoas iriam descer. Ela só foi parar quando estava perto do estacionamento da estação. Com medo, algumas pessoas acabaram colocando o colete. Vários botes também foram lançados ao mar”, contou o passageiro Marcelo Gomes.
Inicialmente, os passageiros foram informados que uma embarcação auxiliar realizaria o resgate. No entanto, as pessoas, entre elas muitas crianças e mulheres, só conseguiram descer da embarcação se arriscando por uma escada, colocada entre a proa e um bote dos bombeiros.
“É um descaso. Duas pessoas até pularam na água para não esperar. Fiquei na barca por mais de três horas. Além disso, os coletes estavam vencidos e os tripulantes já sabiam do problema, pois avisaram da colisão momentos antes”, relatou a corretora de imóveis Viviane Ribeiro, 40.
Em nota, a Agetransp informou que abriu um boletim de ocorrência para apurar as circunstâncias do acidente. Técnicos da agência reguladora foram deslocados para o local. Procurada pelo DIA, a concessionária CCR Barcas não se pronunciou até o fechamento desta edição.
