Rio - Os oficiais da Polícia Militar envolvidos no escândalo da máfia da saúde divulgado pelo DIA nas edições de quinta-feira podem ser expulsos da corporação, e ainda terão de devolver cerca de R$ 8 milhões desviados dos cofres públicos em 2014.
O secretário de Segurança Pública, José Mariano Beltrame, e o chefe do Estado Maior da PM, coronel Robson Rodrigues, disseram nesta sexta-feira que o escândalo não será abafado e prometeram punição.
“A corrupção é abominável. Quando envolve desvios de recursos para a saúde este crime toma um aspecto asqueroso. Pelo conteúdo dessa investigação, tenho quase certeza que essas pessoas além de presas vão ser expulsas da corporação”, disse Beltrame.
O coronel Robson Rodrigues seguiu a mesma linha de Beltrame: “Vamos iniciar o processo administrativo disciplinar que diz respeito à condição de permanência ou não na corporação. Ou seja, é um processo demissionário dos policiais envolvidos e acusados”, disse ao RJTV.
O presidente da Associação de Praças da Polícia Militar, Vanderlei Ribeiro, elogiou a atitude do chefe do Estado Maior, mas fez novas denúncias e apresentou algumas sugestões.
“É preciso ir a fundo na punição. Criminoso é criminoso. Não tem patente. Tem que fazer com oficial o mesmo que fariam com praças. E não só os indiciados. Tem muito médico que depois de virar major para de atender paciente. E que recebe como militar mas trabalha como civil. Não dá plantão”, disse Vanderlei Ribeiro.
Uma das sugestões que serão apresentadas ao novo comando está a criação de um conselho fiscal e disciplinar com praças, representantes da OAB e no Ministério Público. “Para acabar com a panelinha”, explicou.