Por nicolas.satriano

Rio - O estado vai construir mais nove unidades de internação de menores infratores, para tentar resolver a questão da superlotação. Com isso, serão abertas 700 vagas, todas para adolescentes do sexo masculino, que é a maior demanda no sistema. A licitação não tem data fechada, mas vai acontecer ainda este ano, segundo o diretor do Degase, Alexandre Azevedo.

Os novos prédios vão ficar nas regiões dos Lagos e Serrana, no Grande Rio e na Baixada Fluminense, e a verba será do governo estadual. A escolha destes locais tem como objetivo facilitar a a aproximação das famílias com os menores infratores.

Muitos adolescentes do interior ficam em alojamentos na capital, o que dificulta a visita dos pais. De acordo com Azevedo, será feito um esvaziamento dos centros em funcionamento, para cumprir o limite permitido. A lei determina que são 90 adolescentes para cada unidade de atendimento em regime fechado. Hoje, o déficit no sistema do Degase é de cerca de 400 vagas.

A juíza Cristiana Cordeiro considera positiva a construção de novas unidades fora da capita. “Demorou a acontecer. Às vezes, um juiz não aplica uma medida porque não tem uma unidade por perto. A família é muito importante no processo de recuperação desses jovens”, afirmou ela, que ontem participou do evento do Dia das Mães no Centro de Socioecudação Professor Antonio Carlos Gomes da Costa, na Ilha do Governador.

Vinte um aproveitam e fogem

Dos 656 presos que receberam o benefício de visitar as mães no domingo, dia delas, 21 resolveram aproveitar a oportunidade e não voltar ao xadrez. Segundo a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap), foi determinado que eles saíssem da prisão às 6h e retornassem às 22h.

A Seap informou ainda que os casos, considerados de evasão do sistema penitenciário, foram comunicados à Justiça e os detentos considerados foragidos. Fugas de presos que recebem benefícios são comuns e causam problemas graves de segurança no Rio.

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