Por nicolas.satriano

Rio - A guerra do tráfico em comunidades do Rio, algumas inclusive ocupadas pela polícia, deixou nesta segunda-feira mais de três mil estudantes sem aula.

Após seis pessoas morrerem e outras cinco ficarem feridas durante confrontos entre facções rivais nas comunidades da Coroa, do Fallet e do Fogueteiro, na região do Catumbi, creches ficaram fechadas e moradores evitaram circular por favelas vizinhas. Já no Complexo do Chapadão, em Costa Barros, um suspeito foi baleado e outros dois acabaram presos durante operação policial.

A Secretaria Municipal de Educação informou que 1.839 alunos de uma creche e um Espaço de Desenvolvimento Infantil (EDI) não funcionaram por conta dos conflitos. Segundo a secretaria, o conteúdo perdido vai ser reposto.

Pela manhã, primeiro dia útil após os seguidos confrontos entre bandidos das facções Amigos dos Amigos (ADA) e Comando Vermelho (CV), as ruas dos bairros de Santa Teresa e Catumbi estavam mais vazias do que o normal. Em um vídeo enviado ao WhatsApp do DIA (98762-8248), dezenas de criminosos foram flagrados entrando fortemente armados pelos becos das favelas. PMs também teriam comunicado pelo rádio a invasão.

“Desde o ano passado, o boato de uma guerra já corria solto. Agora mesmo que não vamos mais em comunidade dominada por bandidos rivais”, disse um morador, com medo de se identificar.

Segundo a polícia, um dos suspeitos pela tentativa de invasão às comunidades da região central da cidade seria o traficante Ricardo Chaves de Castro Lima, o Fú da Mineira, que também controla a quadrilha do Chapadão. Semana passada, O DIA mostrou que o criminoso deixou presídio federal em Rondônia após receber indulto para visitar a família, mas jamais retornou. Para tentar impedir a ação de rivais, Celso Pinheiro Pimenta, o Playboy, teria convocado comparsas para irem armados ‘proteger’ as bocas de fumo do Catumbi.

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