Rio - O deputado federal Cabo Daciolo, do Psol-RJ, deverá ser expulso neste final de semana do partido, durante reunião do Diretório Nacional, em Brasília. A Comissão de Ética já elaborou parecer à cúpula da legenda e recomendou a saída do parlamentar, suspenso desde o fim de março.
Líder da greve dos bombeiros do Rio em 2011, Daciolo se elegeu deputado federal com quase 50 mil votos. Apoiado pela ex-deputada estadual Janira Rocha, teve pouco tempo de campanha na TV e pautou sua até agora curta trajetória na Câmara de Deputados com posições consideradas contrárias ao programa do Psol.
Primeiro,Daciolo anunciou que iria protocolar Proposta de Emenda à Constituição (PEC) para incluir o texto “todo poder emana de Deus”. Apesar dos apelos da bancada para demovê-lo da ideia, o parlamentar levou a proposta adiante, apesar da defesa que o Psol faz do Estado laico.
Para a Executiva do Rio, a gota d’água aconteceu quando o deputado discursou em plenário defendendo os PMs acusados de envolvimento com o sumiço, tortura e morte do pedreiro Amarildo de Souza em 2013. A Executiva do Rio pediu sua expulsão e indicou que o parlamentar envergonhava o partido e sua militância.
Até o último minuto, Daciolo se mantém confiante. Mais de uma vez já disse que sonha presidir o Psol do Rio, ideia cada vez mais distante.