Por nicolas.satriano

Rio - Pacientes e parentes de pessoas que se tratam no Instituto Nacional do Câncer (Inca) reclamam da demora na marcação de exames e procedimentos como quimioterapia. O irmão da enfermeira Zenaide Souza foi diagnosticado com câncer no esôfago há quatro meses e ainda não recebeu tratamento: “Não tem horário para radioterapia nem para quimioterapia. Ficaram de ligar, mas estamos tentando desde fevereiro. O exame que o médico pediu com urgência está marcado para agosto.”

A mãe de um paciente que não quis ser identificada denunciou a escassez de materiais básicos para a cirurgia do filho de 3 anos, que luta contra um tumor: “Está faltando tudo. O pessoal do centro cirúrgico pediu para levar coberta, lençol, copo e gaze. A equipe faz o melhor que pode.”

Segundo a enfermeira Maria das Dores, a equipe vem tentando distribuir os materiais da melhor forma possível. “Pedimos que os pacientes tragam o básico, como gaze e esparadrapo”, relatou.

Mãe de Maysa, de 12 anos, Rosângela também se queixou da carência de horários disponíveis. “Eu moro em Santa Cruz e a próxima sessão de radioterapia está marcada para 21h30. Muito tarde”, comentou. A família da dona de casa Maria Emília Santana também sofreu com a espera. “Vim marcar o exame do meu marido, mas só consegui para 15 de julho. É urgentíssimo!”

Através de nota, o Inca informou que “está funcionando em sua capacidade plena, sem redução nas atividades assistenciais” e que “os procedimentos cirúrgicos estão sendo realizados normalmente”. Sobre a falta de materiais, afirmou “que trabalha permanentemente para assegurar a regularidade dos estoques”.

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