Rio - Pesquisa inédita do IBGE, divulgada ontem, constatou que cerca de 44,3% dos domicílios do país possuem pelo menos um cachorro, o equivalente a 28,9 milhões de unidades. A população de cachorros foi estimada em 52,2 milhões e a de gatos, em 22,1 milhões. O Estado do Rio tem 2,117 milhões domicílios com cães, o que representa 35% do total. O estado tem, também, 748 mil gatos, 12,6% do total. Os dados foram coletados em 2013.
Segundo o levantamento, a Região Sul é onde tem a maior proporção de cachorros (58,6%) e a Nordeste, a menor (36,4%). Já 17,7% dos domicílios possuem pelo menos um gato, o equivalente a 11,5 milhões de residências.

De acordo com outra pesquisa da instituição, no mesmo ano, havia no país 44,9 milhões de crianças de até 14 anos. Ou seja, em 2013, os brasileiros tinham mais cachorros em casa do que crianças. Para a pedagoga Luciene Durães, de 48 anos, que tem dois filhos e 20 cachorros, o amor pelo animal é incondicional. “Cuido de cachorros mal tratados e o amor que eles me dão em troca não tem preço. Meus filhos também têm essa consciência e me ajudam a criá-los”, disse a moradora de Campo Grande.
Outra pesquisa divulgada pelo IBGE ontem verificou que metade dos brasileiros não usa cinto de segurança no banco de trás dos carros. Apenas 50,2% da população possui o hábito. No Rio, 3,417 milhões têm a prática. Um estudo da Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (Abramet) mostra que o cinto de segurança no banco traseiro reduz o risco de morte nos acidentes em até 75%.
O criador da organização Trânsito Amigo, Daniel Belmont, porém, critica que as políticas públicas voltadas para a conscientização da sociedade, muitas vezes, não têm sucesso. “O governo tem que ser um pouco mais rígido em relação a essa comunicação. Não existe um canal direto com os condutores. As inúmeras campanhas de conscientização não são diárias e isso acaba caindo no esquecimento”, disse.
População sem dente chega a 16 milhões
O IBGE também divulgou ontem pesquisas na área da saúde. Segundo os dados, 71,1% da população costumam buscar atendimento médico na rede pública de saúde. Já o atendimento dentário ocorreu, na maioria, em consultório particular (74,3% dos atendimentos).
Dos adultos atendidos, 11% haviam perdido todos os dentes, o que corresponde a 16 milhões de brasileiros. Em 2013, 27,9% da população tinham plano de saúde (médico ou odontológico) mais presente entre brancos (37,9%) do que pardos (18,7%) e pretos (21,6%).