Por paloma.savedra

Rio - A Justiça do Rio determinou que Milton Severiano Vieira, o Miltinho da Van, preso desde 17 de abril acusado de ter assassinado Cícera Alves de Sena, a funkeira Amanda Bueno, terá de passar por um exame de sanidade mental. O pedido foi feito pela 4ª Vara Criminal da Comarca de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, onde tramita processo em que Milton é réu. 

De acordo com Hugo Assumpção%2C advogado e amigo de Milton Severiano Vieira%2C um 'surto' foi o que motivou o acusado a matar brutalmente a dançarina Amanda BuenoOsvaldo Praddo / Agência O Dia

Durante audiência, a defesa de Milton afirmou que ele foi atendido "duas ou três vezes" devido a transtornos psiquiátricos. Cinco pessoas foram ouvidas em uma audiência realizada no dia 15 de junho, na qual o juiz Alexandre Guimarães Gavião acolheu o pedido do MP e mudou a denúncia contra Miltinho da Van, que responde pelo crime de homicídio qualificado, com as qualificações de motivo fútil, meio cruel, feminicídio e impossibilidade de defesa da vítima.

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A funkeira foi brutalmente assassinada por Milton no quintal da casa do noivo, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. Ele agrediu a vítima e atirou friamente contra ela, efetuando cinco disparos. Imagens do circuito interno chegaram a flagrar a ação do acusado. Horas antes de morrer, Amanda Bueno ainda chegou a enviar mensagens por um aplicativo de celular para a mãe.

No áudio, ela dizia que voltaria para Goiânia (GO) no último sábado e se mostrava bastante nervosa: "Tá mãe, tá decidido. Eu tô indo embora de manhã pra depois. Tá bom?". 

"Mãe, tem certas coisas que a gente tem que conversar só pelo telefone, não pelo WhatsAppp", disse a funkeira, se mostrando preocupada. Ainda assim, ela não quis dizer o motivo: "Oh mãe, eu nem vou te falar o que aconteceu, mas eu tô indo embora. Mãe, não viaja, por favor. Eu vou chegar em casa até sábado".

Em seu último contato com a família antes de morrer, conforme mostrou a TV Anhanguera, ela apenas pediu à mãe que não viajasse: "Mãe, por favor, não viaja não que eu preciso chegar em casa e te dar um abraço, mãe".

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