Por paulo.gomes

Rio - A queda de braço entre taxistas e o aplicativo Uber tem capítulo nesta sexta-feira. No meio do protesto que reúne milhares de profissionais, no Aterro do Flamengo, a companhia resolveu responder a manifestação. De acordo com o Uber, os usuários poderão realizar corrida gratuitamente nos horários entre 7h às 19h. Serão duas viagens e o valor da corrida tem que ser correspondente a R$ 50.

O Uber é o principal alvo do protesto que os taxistas estão realizando nesta sexta-feira. Prefeitura diz que serviço do aplicativo é ilegalReprodução Internet

"Sabemos que hoje será um dia complicado para locomoção e para não deixar os cariocas sem opção, hoje, todos poderão utilizar a Uber para qualquer lugar da cidade gratuitamente", diz o Uber em sua nota oficial.

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A companhia também se pronunciou sobre a manifestação que os taxistas realizam nesta sexta, no Aterro do Flamengo. "A Uber defende que os usuários têm o direito de escolher o modo que desejam se movimentar pela cidade. Em uma cidade como o Rio de Janeiro, que tem uma população que precisa de opções de transporte e que recebe milhares de turistas de todo o mundo anualmente, a inovação é crucial para que a cidade fique cada vez mais conectada, transparente e inteligente", afirma.

No entanto, segundo o secretário municipal de Transportes, Rafael Picciani, o Uber atua de forma ilegal no Rio de Janeiro. "No entendimento da prefeitura, é um serviço ilegal. Se esse aplicativo não é regulamentado pelo poder público, a prefeitura irá entrar na Justiça. A gente não tem se quer um cadastro desses carros", disse em entrevista para a CBN.

Taxistas realizam%2C na manhã desta sexta-feira%2C um protesto contra o aplicativo Uber e táxis piratas que trafegam pelas grandes metrópolesOsvaldo Praddo/ Agência O Dia

Picciani alegou que o poder público não tem conhecimento dos funcionários que trabalham para a empresa. "Não temos conhecimento se quer o cadastro dos profissionais que trabalham para essa empresa. E isso é grave", completa.

O Uber é uma empresa americana, que, através de aplicativo homônimo, oferece serviço parecido ao de um táxi em centenas de cidades brasileiras e em dezenas de países. Os taxistas alegam que qualquer um pode ser motorista da Uber, sem se preocupar em legalizar o veículo para fins de transporte de passageiros. A presença dos aplicativos tem preocupado sindicatos e empresas do setor em todo o país

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