Por paloma.savedra

Rio - Em pouco mais de 48 horas, dois suspeitos do assalto à Ceasa do Irajá, que culminou em duas mortes na segunda-feira, foram presos. Outros cinco integrantes do esquema já foram identificados pela Polícia Civil, que agora busca a identificação de mais sete envolvidos indiretos no caso. Para o delegado Geneton Lages, da Divisão de Homicídios, o assalto foi planejado e executado por bandidos do Morro do Faz quem Quer, em Rocha Miranda.

Polícia identifica criminosos envolvidos em assalto à Ceasa

Um homem conhecido como ‘Abobrão’ seria o único de fora da comunidade, responsável por fornecer informações privilegiadas da rotina da Ceasa e de funcionários dos quais foram roubados R$ 59.700. A polícia já sabe que o montante foi repartido entre 14 pessoas.

Nelson de Oliveira Nogueira e Pedro Henrique de Miranda foram presos na quarta. O primeiro é apontado como o autor do tiro que matou Mariane Santos e Antenor da SilvaSeverino Silva / Agência O Dia

A velocidade com que foram feitas as prisões e o desfecho exitoso de investigações de homicídios, porém, não são uma constante. É o que diz o Laboratório de Análises de Violência da Uerj.

O pesquisador Ignácio Cano mensurou o percentual de registros desta natureza e o número de condenações finais feitas pela Justiça e concluiu que apenas 8% dos casos terminam em sanções. “A criminalidade do estado tem características peculiares, como a ação de grupos paramilitares e tráfico. Nem sempre encontra-se o criminoso”, disse.

Pedro Henrique de Miranda Franco, de 19 anos, encontrado na casa da namorada em Rocha Miranda, teria confessado o crime. Nelson de Oliveira Nogueira, 18, o Nelsinho, foi preso em Magé. Ontem uma operação na Favela do Rola, em Santa Cruz, na Zona Oeste, foi montada para prender mais três suspeitos: Douglas Nonato Pereira, o Diná, Leonardo Dias Guimarães, o Mingau, e Felipe de Souza, o Ford. Alunos de nove escolas e duas creches municipais da região ficaram sem aulas.

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