Por nicolas.satriano

Rio - O anúncio de que a Prefeitura do Rio irá dobrar o repasse das escolas do Grupo Especial irritou os presidentes das agremiações das séries A, B, C e D. O grupo alega que a decisão favoreceria apenas as agremiações mais estruturadas e que as demais recebem um valor inferior a 5% do que é repassado ao Grupo Especial.

“É papel da prefeitura ajudar a manter um evento de tamanha magnitude como o Carnaval, que é uma das festas mais importantes do Rio e traz um volume enorme de receita para a cidade”, explicou o secretário de Coordenação de Governo, Pedro Paulo.

Ronaldo Oliveira, presidente da Acadêmicos da Rocinha, criticou a disparidade de valores. “Ao todo recebemos R$ 500 mil enquanto eles ganham R$ 5 milhões”. “É por isso que uma escola que sobe, acaba caindo um ou dois anos depois, não tem estrutura.”

Reinaldo Bandeira, vice-presidente da Liga O Samba é Nosso e presidente da União de Jacarepaguá, também protesta: “É difícil fazer Carnaval. Espero que o prefeito veja com carinho as escolas do Grupo de Acesso”, afirma ele, que obteve R$ 80 mil de patrocínio para o Carnaval deste ano, bem diferente dos R$ 2 milhões para as agremiações famosas. “Sabemos que os custos do Grupo Especial são maiores, mas nossa dificuldade também é grande.”

Em nota, a Prefeitura do Rio confirmou o aumento do repasse para cada escola de samba, que atualmente é de R$1 milhão, para R$ 2 milhões no Carnaval de 2016. O repasse também será dado às escolas do Grupo de Acesso e do Grupo A, mas o valor ainda está sendo estudado


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