Rio - Foi inaugurado na manhã deste domingo um memorial às vítimas da tragédia na Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, na Zona Oeste do Rio. O "Monumento às Crianças de Realengo" foi instalado em uma rua próxima ao colégio onde 12 crianças morreram vítimas de um ex-aluno, em 2011. Alguns familiares reiteraram que a escultura é um "pedido de paz", no entanto, alguns moradores não gostaram da ideia e fizeram críticas à instalação.
"Todo mundo que olhar para escultura não deve olhar com dor ou sofrimento. A obra representa um pedido de paz", disse Adriana silveira, mãe da menina Luiza, morta na tragédia. As imagem de 11 crianças correndo uniformizadas foi reproduzida em esculturas de bronze. Uma delas foi representada por uma borboleta a pedido dos pais.
Adriana tem representado os pais dos alunos e levou à Brasília um pedido para o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), nesta semana. Ela quer que a presença de psicólogos nas escolas seja obrigatória. "Para que não aconteçam mais tragédias como essa", afirmou.
Vera Pires é mãe da menina que segura a borboleta Ana Carolina, Samira Pires. "Parece que foi ontem. A escultura lembra ela, ainda bem que não é igual porque se não, o pai ia viver aqui", declarou Vera. Ela disse ainda que se emocionou ao ver a imagem, pois, mesmo sem saber de seus laços, a artista responsável uniu as duas, que eram muito amigas.
Segundo o subtenente da Polícia Militar, Márcio Alexandre Alves, que conseguiu parar o atirador Wellington Menezes de Oliveira, de 23 anos, "toda homenagem é válida". Ele é pai de um adolescente que tinha a idade das crianças na época e lembrou de quando encontrou as crianças mortas na escola. "Entrei na sala e vi aquilo. Foi horrível", disse. "Acho importante tudo que puder ajudar na dor das famílias", completou.
No dia 7 de abril de 2011, o ex-aluno Wellington Menezes de Oliveira atirou várias vezes contra estudantes que estavam em duas salas da escola Tasso da Silveira. Na ocasião, 12 morreram e 11 ficaram feridos. Em seguida, o atirador se matou com um tiro na cabeça.
Reportagem de Flora Castro