Rio - O policial militar Neandro Santos de Oliveira foi sepultado no final da manhã desta quarta-feira sob forte comoção. Aproximadamente 100 pessoas, entre parentes e amigos, compareceram ao Cemitério Jardim da Saudade, em Sulacap, para o enterro. A esposa do soldado, Cristina Custódio, grávida de 3 meses, precisou ser amparada já a mãe de Neandro desmaiou e foi socorrida pelos médicos.
Lotado no 31ºBPM (Recreio dos Bandeirantes), Neandro Santos estava desaparecido desde a noite do último dia 12, quando foi reconhecido por traficantes do Complexo do Chapadão na Rua Alcobaça. Ele teve o corpo carbonizado e foi reconhecido após um exame da arcada dentária.
Na terça-feira, agentes da Delegacia de Roubos e Furtos de Cargas (DRFC) realizaram uma operação no conjunto de favelas e prenderam oito traficantes. Em depoimento na delegacia, um deles contou com detalhes como aconteceu a captura do policial militar.
“Ele (o PM) se sentiu com medo, se sentiu acuado e deu marcha a ré. Aí (os bandidos) foram para cima, atiraram nele”, disse o preso. De acordo com o delegado Marcelo Martins, o acusado ainda contou que Neandro reagiu e chegou a balear um dos criminosos, mas que foi dominado pelos bandidos.
“Os suspeitos viram a carteira do policial e um dos criminosos assumiu o controle do carro da vítima até o alto do Chapadão. O preso ainda relatou que não viu, mas soube que o corpo foi queimado lá”, explicou o delegado.
O governador Luiz Fernando Pezão afirmou que planeja para abril uma grande operação de ocupação do conjunto de favelas, com apoio do Exército.