Rio - Não durou muito a liberdade condicional concedida ao ex-vereador Cristiano Girão Matias, preso desde 2009 sob acusação de chefiar a milícia que atua na Gardênia Azul, em Jacarepaguá.
Ontem, um pedido de liminar da Justiça do Rio foi aceito pelo ministro do Superior Tribunal de Justiça, Luiz Alberto Gurgel de Faria, e suspendeu o benefício concedido ao suspeito, solto há pouco mais de um mês.
De acordo com a decisão, Girão deve voltar, imediamente, para trás das grades da Penitenciária Federal de Porto Velho, em Rondônia. O juiz titular da Vara de Execuções Penais do Rio, Eduardo Oberg, pediu que a decisão fosse suspensa e argumentou que há conflito de competência.
Como explicou o magistrado, a decisão tomada pelo corregedor do presídio de Rondônia em relação a Girão leva em conta critérios objetivos para conceder a liberdade condicional, como bom comportamento e tempo de pena cumprido. Mas, segundo Oberg, há fortes fatores subjetivos que não foram considerados. Um deles é o risco que o preso representa à sociedade carioca.
“A decisão que tomamos segue a orientação do relatório de inteligência da Secretaria de Estado de Segurança. Parece que há grande probabilidade dele (Girão) reassumir a milícia na região”, frisou o juiz.