Rio - A crise financeira que atinge o estado levou a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) a conceder recesso forçado a 28 mil estudantes a partir desta terça-feira. Em comunicado oficial, o reitor Ricardo Vieiralves decidiu suspender por uma semana as aulas alegando que a universidade “encontra-se em situação de insalubridade por conta da descontinuidade dos serviços terceirizados, que afeta a segurança das pessoas e do patrimônio”.
Somente os departamentos administrativos vão continuar funcionando. Os demais só retornam em 1º de dezembro. As unidades acadêmicas terão autonomia para definir as atividades imprescindíveis que não serão interrompidas.
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Vieiralves acrescentou que as negociações para o retorno à normalidade estão sendo realizadas durante toda a semana e que o governo acena com perspectivas de resolução. Por último, enfatizou que “a situação atual aumenta o risco institucional”.
Apesar de evidenciar as condições insalubres, a Uerj disse que não tem problemas na limpeza. A suspensão das aulas, segundo a instituição, ocorreu pelo atraso no pagamento dos bolsistas. Já a Secretaria Estadual de Ciência e Tecnologia informou que está negociando com a Secretaria de Fazenda para que os pagamentos sejam regularizados.
A notícia surpreendeu a comunidade acadêmica. Nas redes sociais, os alunos criticaram o recesso, lembrando que acabarão tendo que estudar durante o período de Natal para compensar os dias parados. “Vamos fazer uma ceia bem bonita”, ironizou uma estudante. Como ela, outros lamentaram a situação da universidade.“É o descaso das instituições públicas. Quem sai perdendo são os alunos”, postou um aluno na página oficial da Uerj, no Facebook.