Jhonathan Muniz Pereira, de 23 anos, estava na garupa da moto de Edvaldo Viana, de 41 anos
Jhonathan Muniz Pereira, de 23 anos, estava na garupa da moto de Edvaldo Viana, de 41 anos reprodução das Redes Sociais
Por O Dia
Rio - Ainda abalados com a notícia da morte do Jonathan Muniz Pereira, de 23 anos, familiares afirmam que vão processar o Estado do Rio. O jovem, que trabalha com material de reciclagem ao lado da mãe, foi morto por PMs na última terça-feira depois de ter sido baleado junto ao mototaxista Edvaldo Viana, de 41 anos.
A família alega que, por questões financeiras, não está conseguindo a liberação do corpo para o enterro. Jhonathan ficou por 24 horas no necrotério do Hospital Federal Cardoso Fontes, em Jacarepaguá, e foi levado ao Instituto Médico Legal do Rio na noite de quarta-feira. A mãe,  Lorena Muniz, esteve pela manhã no IML para reconhecer o corpo do filho. Segundo ela, o rapaz não tinha envolvimento com o tráfico de drogas e foi morto de forma covarde. 
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Jonathan morava em Rio das Pedras e a família não sabia porque ele estava passando de mototaxi na Cidade de Deus. "Recebemos a notícia de que o pai não conseguiu dinheiro para o enterro. Como vamos enterrar o menino?", questionou um familiar. 
Jonathan e o mototaxista Edvaldo Viana foram mortos por policiais militares em uma das entradas da Cidade de Deus. O crime causou comoção. Segundo testemunhas, Edvaldo parou a moto, mas um policial que estava em uma viatura efetuou dois disparos. 
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Em depoimento, os PMs alegaram que Edvaldo estava armado e por isso atiraram contra ele. Os policiais dizem que a suposta arma não foi localizada, pois pode ter sido furtada por usuários de drogas e afirmam que socorreram as duas vítimas. 
Um vídeo divulgado nas redes sociais contradiz a versão contatada na delegacia. As imagens mostram Jonathan e Edvaldo baleados e sendo arrastados pelos militares.