Por felipe.martins, felipe.martins
Rio - Para reforçar a luta contra o impeachment, nove deputados federais petistas que ocupam cargos em governos deverão ser chamados para reassumir seus mandatos. Por conta de coligações, suas vagas foram preenchidas por suplentes de outros partidos. Com o retorno, a bancada petista passaria de 59 para 68 parlamentares.
O governo e a base aliada decidiram investir na caça aos votos que decidirão, no plenário da Câmara, o destino de Dilma Rousseff. O objetivo é evitar que a oposição consiga os 342 votos (dois terços do total) necessários para a abertura do processo de afastamento. 
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Os rebeldes
A prioridade é pressionar parlamentares de partidos que têm ministérios, como o PSD e o PMDB, mas que costumam votar contra o governo.
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Dupla função
Os peemedebistas Pedro Paulo Teixeira e Marco Antonio Cabral também reassumirão seus mandatos: para proteger Dilma e tentar evitar que Leonardo Picciani seja destituído da liderança no partido.
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Articulação
No início da tarde, Eduardo Cunha e os também peemedebistas Lúcio Vieira (BA) e Osmar Terra (RS) articularam a destituição de Picciani.
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Recordar é viver
Antes da escolha da comissão que avaliará o impeachment, peemedebistas ligados à oposição mostravam em seus celulares antigas reportagens em que Picciani pregava o voto em Aécio Neves.
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Vingança
Na prefeitura, circulava um recado atribuído a Michel Temer. O vice teria mandado dizer que, se chegar à Presidência, vai se vingar do PMDB fluminense. A eventual ascensão de Temer complicaria o domínio de Jorge Picciani no diretório regional peemedebista e abortaria a tentativa de Sérgio Cabral de chegar à presidência nacional do partido.