Rio - Um carteiro foi assaltado e levado para o Complexo do Lins, onde ficou em poder dos criminosos, na última sexta-feira. A vítima, que pediu para não ser identificada, contou nesta segunda-feira que esse é o 32° assalto que sofre em seus nove anos de serviço nos Correios. Após o terror que sofreu, ele disse que vai buscar ajuda profissional. "Eu mesmo vou procurar um psicólogo. Estou me virando, fazendo por mim mesmo", afirmou ele. Um boletim de ocorrência foi registrado na Polícia Federal.
O homem disse ser alvo constante de assaltos, pois entrega encomendas feitas pela Internet. "Fui abordado no Jacaré. Um marginal botou uma pistola do meu lado e outro homem já estava me aguardando", contou. Ele foi levado no carro que usava, vendado com a própria camisa. "Diziam que era para não visualizar o rosto deles e que se visse iam fazer algo comigo no morro".
"Um deles achou que eu ainda enxergava e começou a sessão de tortura", relatou ele, dizendo que foi agredido várias vezes no rosto. O terror aumentou ao chegar no pico do morro, quando começou a ouvir: "O que vão fazer com o carteiro?" Após os bandidos retirarem toda a carga do veículo, ele voltou andando e o carro terceirizado foi abandonado em uma das ruas do local.
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Nesta segunda-feira, ele vai saber quanto tempo ficará afastado e quando retornar ao trabalho é que vai ter resposta se continuará na rua ou fazendo trabalho interno. "Gostaria de fazer um serviço interno", disse a vítima, já cansada da insegurança. "Os mesmos bandidos já me assaltaram umas cinco ou seis vezes", contou ele sobre os recorrentes casos de violência. "Pode ser que depois desse caso tomem alguma atitude", afirmou.
Em nota, os Correios informaram que no final de 2013 foi assinado um acordo de cooperação com a Polícia Federal para a prevenção e repressão de roubos a carteiros e que mantêm parcerias com órgãos de segurança pública. A empresa afirmou que presta assistência médica e acompanhamento psicológico aos profissionais vítimas de violência.
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Homem é preso com moto roubada e pistola
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O profissional lotado no CDD Riachuelo foi acompanhado pela direção do Sindicato dos Trabalhadores na Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (Sintect-RJ) para divulgação do caso nesta segunda-feira.
Também nesta segunda, policiais da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) Lins, com o apoio do Comando de Operações Especiais (COE) da PM, realizaram uma operação no Complexo do Lins. No entanto, a ação não tem ligação com o sequestro do carteiro. Um homem foi preso com uma moto roubada e uma pistola. Houve troca de tiros, mas ninguém ficou ferido e o caso foi registrado na 26ªDP (Todos os Santos).
