Por felipe.martins

Rio - Os oito anos do desaparecimento da engenheira Patrícia Amieiro foram lembrados hoje (18) por parentes e amigos em mais um ato para protestar contra a demora do julgamento dos policiais acusados de assassiná-la, que respondem ao processo em liberdade.

Para lembrar a data, um jardim com o nome da engenheira foi inaugurado no Elevado do Joá, zona oeste do Rio, local onde ela foi vista pela última vez, em 18 de junho de 2008, quando tinha 24 anos. Foram depositadas flores no local e uma faixa com o dizeres “8 anos, cadê Justiça?

O pai de Patrícia, Antônio de Franco, reclamou da lentidão da Justiça, mas disse que não desistirá de lutar pela punição dos responsáveis pela morte da filha. “Nossa Justiça é arcaica. Mas não me importo, já me tiraram tudo.”

Acusação

Os policiais militares Marcos Paulo Nogueira Maranhão e Willian Luís do Nascimento são acusados por homicídio e fraude processual e os PMs Fávio da Silveira Santana e Márcio Oliveira dos Santos foram denunciados por fraude processual.

A acusação do Ministério Público é de que Marcos Paulo Nogueira Maranhão e William Luís do Nascimento dispararam contra o carro que Patrícia dirigia. Ela teria furado a blitz imaginando que fosse um assalto. Segundo a denúncia, os disparos fizeram Patrícia perder o controle do volante e colidir contra dois postes e um muro, causando sua morte.

Os policiais Fábio da Silveira e Marcio Oliveira chegaram ao local e ajudaram os colegas a retirar o corpo da engenheira do carro, segundo a denúncia do MP. Logo depois, o veículo foi jogado no Canal de Marapendi.

“O processo se encontra em Brasília e já foram esgotados todos os direitos da defesa de recorrer, estamos aguardando o processo ser juntado e enviado ao juiz do caso no Rio de janeiro, Fábio Uchoa, para que assim possa marcar a data do julgamento”, informou o irmão de Patrícia, Adryano Amieiro. “Estamos esperançosos que a data seja marcada o mais breve possível. Que não passe desse ano.”

Em 2014, a Justiça determinou que o governo do Rio indenizasse a família de Patrícia em cerca de R$ 800 mil. A defesa dos policiais militares não foi sido encontrada para comentar o caso até o fechamento desta reportagem.

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