Por felipe.martins

Rio - Ao completar hoje oito anos em vigor e sete de blitzes em ruas do estado, a Lei Seca possui vasto currículo com mais de dois milhões de motoristas fiscalizados e quase 150 mil carteiras de habilitação recolhidas. Apesar de no interior (10,6%) dobrar a média de condutores embriagados se comparado à capital (5,1%), o projeto é visto como sucesso e foi levado a 20 estados brasileiros e chama atenção de países como Espanha e Venezuela.

Os agentes também já foram vítimas da mistura bebida e direção. Hoje com 35 anos de idade e pai de gêmeos, o agente Bruno Dutra, que faz parte da equipe desde 2009, conta que quando ainda era estudante do Ensino Médio, sem dormir, passou a madrugada bebendo. Pegou uma scooter e bateu em um caminhão. Acabou ficando paraplégico.

“Acredito no projeto. Já teve casos em que os pais dos motoristas parados nas blitzes chegam chorando agradecendo por terem sido abordados e que o pior não ocorreu”, relembra.</CW>
A importância de ter cadeirantes vítimas em blitz dá credibilidade. “Já perdi as contas de quantas pessoas eu já ajudei na reabilitação”, acrescenta Bruno.

Desde 2009, o número de alcoolizados dirigindo caiu 40%. O de feridos em acidentes de trânsito diminuiu de 991 para 653. Para o deputado federal Hugo Leal (PSB/RJ), autor da lei, as ações não fiscalizam só pessoas embriagadas. Também evitam outros delitos. Foram capturados 134 foragidos da Justiça, 54 armas de fogo apreendidas e 127 veículos roubados recuperados”, afirma.

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