
“O curso é gratuito e estamos solicitando que todos os empresários e funcionários do setor recebam essa certificação, no sentido de instruir sobre as formas corretas de lidar com a Covid-19. Essa orientação é muito importante, especialmente pelas características do nosso polo, que tem muitas empresas pequenas”, diz o presidente do Sindvest, Marcelo Porto.
A certificação é fruto de parceria entre o sindicato e o Instituto Mix, empresa de educação profissionalizante de Santa Catarina. A carga horária é de aproximadamente 1 hora, na qual são abordados temas como as formas de transmissão da doença, principais sintomas e informações sobre cuidados no local de trabalho e em casa. Para fazer o curso é necessário realizar a matrícula no site da instituição e baixar o aplicativo, disponível para sistemas operacionais Android e Iphone.
Intensificação na testagem de funcionários
Com auxílio da Firjan, o sindicato pretende aumentar a testagem nas empresas do setor industrial do município. Segundo Marcelo Porto, essa medida reforça as determinações do Decreto Municipal e garantirá mais segurança nesse retorno das atividades.
“Estamos providenciando também termômetros para aferição diária da temperatura de todos os colaboradores ao se apresentarem para o expediente de trabalho”, informou Porto.
Na primeira quinzena de junho, a Firjan ampliou o programa “Testes Covid-19” para as indústrias do interior do Estado. Os testes são ofertados para indústrias de grande e médio porte a preço de custo e gratuitamente para empresas de pequeno porte (com até 100 funcionários). O programa disponibiliza testes rápidos e também PCR.
Pagamento de funcionários em julho preocupa o setor
Segundo Marcelo Porto, mesmo com a possibilidade de abertura gradual, muitas empresas não voltarão às atividades imediatamente. Como a flexibilização está limitada a metade da capacidade, será preciso estabelecer protocolos de funcionamento e orientar os funcionários sobre as medidas antes de retomar a produção.
De acordo com o presidente, a grande preocupação são os compromissos com a folha de pagamento: “As empresas ainda não tem vendas, não tem caixa e precisar arcar com o pagamento dos seus funcionários até o quinto dia útil, o que nós dá pouco mais de uma semana para encontrar soluções”.
Com isso, o sindicato busca junto às instituições financeiras alternativas de empréstimos e financiamento que possam ser apresentadas aos empresários neste primeiro momento.
“Essa não é a retomada das atividades que desejávamos, a limitação de 50% da capacidade torna muito difícil a curto e médio prazo uma produção suficiente para cobrir os gastos. Além disso, historicamente, estamos em um período de baixa, onde mesmo antes percebíamos uma queda das vendas. E com a retração drástica na economia por conta da pandemia, o setor não está muito otimista”, diz Porto.