Marcelo Porto, presidente do Sindvest, em ato pela reabertura da economia em Nova Friburgo - Paula Valviesse
Marcelo Porto, presidente do Sindvest, em ato pela reabertura da economia em Nova FriburgoPaula Valviesse
Por Paula Valviesse
Com permissão de retomar às atividades, as indústrias de Nova Friburgo se mobilizam para adequar o funcionamento às medidas de prevenção, entre elas a questão do funcionamento com capacidade produtiva de 50%. Para auxiliar esse retorno, o Sindicato das Indústrias do Vestuário de Nova Friburgo (Sindvest), liberou um curso on-line, na área de biossegurança, com dicas e cuidados para a prevenção do contágio.

“O curso é gratuito e estamos solicitando que todos os empresários e funcionários do setor recebam essa certificação, no sentido de instruir sobre as formas corretas de lidar com a Covid-19. Essa orientação é muito importante, especialmente pelas características do nosso polo, que tem muitas empresas pequenas”, diz o presidente do Sindvest, Marcelo Porto.

A certificação é fruto de parceria entre o sindicato e o Instituto Mix, empresa de educação profissionalizante de Santa Catarina. A carga horária é de aproximadamente 1 hora, na qual são abordados temas como as formas de transmissão da doença, principais sintomas e informações sobre cuidados no local de trabalho e em casa. Para fazer o curso é necessário realizar a matrícula no site da instituição e baixar o aplicativo, disponível para sistemas operacionais Android e Iphone.
A decisão do Tribunal de Justiça, que derrubou a liminar da Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro, foi comunicada na noite desta quarta-feira (24/06), pelo prefeito de Nova Friburgo, Renato Bravo.

Intensificação na testagem de funcionários

Com auxílio da Firjan, o sindicato pretende aumentar a testagem nas empresas do setor industrial do município. Segundo Marcelo Porto, essa medida reforça as determinações do Decreto Municipal e garantirá mais segurança nesse retorno das atividades.

“Estamos providenciando também termômetros para aferição diária da temperatura de todos os colaboradores ao se apresentarem para o expediente de trabalho”, informou Porto.

Na primeira quinzena de junho, a Firjan ampliou o programa “Testes Covid-19” para as indústrias do interior do Estado. Os testes são ofertados para indústrias de grande e médio porte a preço de custo e gratuitamente para empresas de pequeno porte (com até 100 funcionários). O programa disponibiliza testes rápidos e também PCR.

Pagamento de funcionários em julho preocupa o setor

Segundo Marcelo Porto, mesmo com a possibilidade de abertura gradual, muitas empresas não voltarão às atividades imediatamente. Como a flexibilização está limitada a metade da capacidade, será preciso estabelecer protocolos de funcionamento e orientar os funcionários sobre as medidas antes de retomar a produção.

De acordo com o presidente, a grande preocupação são os compromissos com a folha de pagamento: “As empresas ainda não tem vendas, não tem caixa e precisar arcar com o pagamento dos seus funcionários até o quinto dia útil, o que nós dá pouco mais de uma semana para encontrar soluções”.

Com isso, o sindicato busca junto às instituições financeiras alternativas de empréstimos e financiamento que possam ser apresentadas aos empresários neste primeiro momento.

“Essa não é a retomada das atividades que desejávamos, a limitação de 50% da capacidade torna muito difícil a curto e médio prazo uma produção suficiente para cobrir os gastos. Além disso, historicamente, estamos em um período de baixa, onde mesmo antes percebíamos uma queda das vendas. E com a retração drástica na economia por conta da pandemia, o setor não está muito otimista”, diz Porto.
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