Sérgio Duarte - Presidente Rio Indústria e presidente do Sindicado das Indústrias de Alimentos do Município do Rio de Janeiro (Siarj).Divulgação
A mesma Baixada que abriga 22% da população fluminense, concentra apenas 11% dos empregos formais do estado. Ou seja, grande parte da população economicamente ativa da Baixada precisa se deslocar todo dia para trabalhar. A melhora da qualidade de vida da população passa pela maior geração de empregos na região. Nesse sentido, é preciso estar atento às oportunidades que se apresentam.
Especialistas apontam que a melhor estratégia em termos de desenvolvimento é a chegada da Rota 4B ao município de Itaguaí, na Baixada Fluminense, fomentando assim a geração de empregos na região. O gás natural pode servir de combustível para geração de energia em novas termelétricas, contribuindo assim para segurança energética nacional. A preços competitivos, pode também entrar como insumo em diversas atividades industriais, como fabricação de vidro, química, siderurgia, entre outras.
A região está preparada para chegada desses investimentos. Destaque para o Porto de Itaguaí, que possui excepcionais condições de calado, as melhores da costa leste do Atlântico Sul, e de integração aos modais de transporte, tanto rodoviário como ferroviário. Em relação às ferrovias, estas cruzam a Baixada Fluminense para conectar os terminais portuários situados na Baía da Guanabara e na Baía de Sepetiba a outros estados.
A Baixada tem grande oferta de mão de obra qualificada para essas novas oportunidades, treinada em centros universitários e de ensino técnico da região. Diante da evidente oportunidade que se apresenta, não só à Baixada Fluminense, mas a todo Estado do Rio de Janeiro, é imperativo que as forças políticas e empresariais convirjam para o centro deste debate junto ao governo federal com objetivo de garantir a chegada deste importante investimento a terras fluminenses. A Rio Indústria apoia este movimento.
O Estado do Rio de Janeiro merece esse olhar dedicado da União, principalmente por ser daqui que saem todo ano R$ 170 bilhões em impostos federais, mas para onde retornam apenas R$ 33 bilhões. Recursos esses que fazem grande falta à Baixada.
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