Marcos Espínola é advogado criminalista e especialista em segurança pública divulgação

Nesta primeira semana do ano, a expectativa não poderia ser outra, senão o otimismo para que 2022 represente um novo tempo para o Brasil e o mundo. Passado esses dois anos difíceis, com muitos conflitos e elevado número de mortes, a esperança é que a vacinação avance cada vez mais e que a Economia, enfim, dê sinais consistentes de retomada, pois a fome não espera. O povo tem pressa.
A taxa de desemprego continua elevada, muitos brasileiros estão sem comida à mesa. A inflação está alta e devemos evitar perder tempo com discussões e troca de farpas que não levam a lugar algum. Por mais que a nossa visão seja (e deve ser mesmo) otimista, não podemos negar que este ano será peculiar, com eleições e Copa do Mundo, ambas no segundo semestre. Mas, vale ressaltar que 2018 deve servir de lição para todos nós, pois ficou claro que não vale a pena entrarmos numa atmosfera de agressões e desrespeito. Isso não combina com o espírito democrático.
Tudo o que não precisamos é fomentar a violência e a intolerância. Nossos representantes são escolhidos democraticamente e a decisão da maioria deve ser respeitada. E os eleitos, enquanto estiverem lá, devem dar o seu melhor em prol do bem coletivo. Simples assim.
E por falar em violência, os episódios em Copacabana na virada do ano devem servir de alerta para os candidatos ao governo do estado. Há anos sinalizamos a necessidade de mudanças na política de Segurança Pública. A violência continua crescente, assim como a desordem urbana. Esses temas devem ser prioridades para os novos gestores, junto com a Educação, pois só mudaremos o futuro se investimos hoje na base, nas crianças.
Em paralelo a isso tudo, em 2022 não podemos nos distrair com a pandemia que ainda não chegou ao fim. Segundo especialistas, novas variantes da covid-19 podem surgir a todo instante, assim como foi com a Ômicron que avança em todo o mundo. Manter os cuidados básicos como o uso da máscara, o álcool em gel e evitar aglomerações ainda se faz necessário.
Numa das letras que mais expressam esperança, Ivan Lins, um dos mestres da Música Popular Brasileira, diz que “No novo tempo, apesar dos perigos... estamos crescidos, estamos atentos, estamos mais vivos”. E é isso. Estamos vivos e devemos agradecer por isso. Um novo ano representa novas oportunidades para fazermos mais e melhor. Que assim seja!
Marcos Espínola é advogado criminalista e especialista em segurança pública