OPINA23MARARTE O DIA

Segurança hídrica e água limpa para a população do Estado do Rio de Janeiro. Essas são duas premissas que norteiam a Cedae para a prestação de serviços no presente e no futuro. Com sua gestão atualmente 100% focada nas diretrizes ESG (sigla em inglês para Ambiental, Social e Governança), a companhia já coloca em prática iniciativas de eficiência energética, soluções tecnológicas e inovações socioambientais.
A transformação semeada em 2021 já rende frutos este ano. Em fevereiro, criamos o Manancial, o primeiro laboratório de inovação socioambiental do estado. O espaço abriga projetos de aceleração e incubação voltados para a solução de desafios reais do setor de saneamento e proteção dos recursos naturais. No Guandu, os investimentos aumentaram. Com o valor de R$ 800 milhões, as obras de modernização da Estação de Tratamento de Água (ETA) irão garantir a melhoria da eficiência do processo de tratamento.
As intervenções incluem a aquisição de novos equipamentos e reforma das instalações, modernização dos filtros, mais eficiência do processo de limpeza dos decantadores, substituição de válvulas, reformulação do Centro de Controle Operacional e do sistema de monitoramento.
Mas um tema permeia as operações da Cedae: água limpa e sem geosmina, meta principal da companhia. No ano passado, implantamos o sistema de bombeamento da água do Rio Guandu para a Lagoa Grande (antes da captação da ETA), renovando a água e diminuindo as condições para a proliferação das algas. Já o Laboratório de Qualidade da Água ganhou moderno microscópio que facilita a identificação de micro-organismos.
As mais recentes aquisições da Cedae foram instaladas este mês: oitos boias com tecnologia de ultrassom capazes de monitorar e controlar a proliferação das cianobactérias nas lagoas de captação da ETA Guandu.
Essas medidas, os investimentos e todo este foco em garantir água limpa mostram a transformação pela qual a Cedae vem passando e servem para jogar luz sobre um tema fundamental e que merece esclarecimentos para evitarmos a disseminação de fake news.
A respeito do artigo “A água nossa de cada dia”, publicado em O Dia, em 21 de março, em que a autora afirma que “o tratamento usado pela Cedae para supostamente combater a poluição do Rio Guandu não apenas não funcionou, como ainda lançou um novo poluente — o lantânio, um metal tóxico — na água consumida”, a companhia vem a público esclarecer que: a água produzida pela Cedae é segura para o consumo e não está contaminada com metal tóxico (lantânio sequer é metal tóxico, é terra rara).
A aplicação do produto em baixíssimas dosagens na Lagoa Grande – feita em 2020 e 2021 - foi um procedimento regular e autorizado pelos órgãos ambientais competentes. E, por fim, não houve lançamento da argila lantânica na água tratada e, à época, distribuída à população.
Todas as medidas adotadas vêm tendo efeitos concretos. Já passamos um verão sem geosmina, por exemplo. Mas não vamos nos descuidar. Frente a transformações e resultados, vemos a necessidade de, na Semana da Água, dar destaque a tudo que foi e segue sendo feito pela companhia para garantir a segurança hídrica da população fluminense.
Leonardo Soares é presidente da Cedae