José Ricardo Soares, comandante da Guarda Municipal do Rio de JaneiroBeth Santos/Divulgação

Hoje, 30 de março, a Guarda Municipal do Rio de Janeiro completa 29 anos. Um longo caminho foi percorrido ao longo dessas quase três décadas e nossa instituição evoluiu com características bem cariocas. Desde 1993 até hoje, nossa GM-Rio conquistou respeito e reconhecimento de instituições brasileiras e estrangeiras, assim como o Rio é reconhecido em todo o território nacional e internacionalmente; e é múltipla e diversa.
Não é fácil atuar diariamente para manter a ordem na cidade. Muitas vezes é preciso agir para evitar problemas de convivência e atrapalhar o ir e vir das pessoas, como é o caso da fiscalização nas praias, no trânsito, do Lixo Zero e do BRT e também do ordenamento urbano. Somente no ano de 2021, foram 91.418 chamados da população solicitando os serviços da GM-Rio por meio da Central 1746. No ano anterior, foram 73.032 chamados.
Para atender a essa demanda crescente, a nossa GM-Rio cresceu em efetivo, de dois mil homens no início para os atuais 7.334 agentes, mas não somente isso. Ela se especializou, com a criação de uma Academia de Ensino, e se modernizou.
É notório que o número de confrontos foi reduzido com o passar dos anos. Eles ainda acontecem, mas ações rápidas, emprego de técnicas e estratégias de ordenamento urbano e uso progressivo da força fizeram com que eles diminuíssem. Ações de inteligência ajudam na fiscalização do trânsito, que é nossa atribuição desde 1998, e também em projetos mais recentes, como no caso da perturbação do sossego. No videopatrulhamento da orla da Zona Sul foram mais de seis mil ações em 2021, incluindo flagrantes de delitos diversos.
Como a GM-Rio também reflete o Rio em multiplicidade e diversidade, ela ainda atua em frentes voltadas para a proteção de direitos e da vida. A GM-Rio está presente nas escolas realizando o trabalho de patrulhamento preventivo e de conscientização e de despertar da cidadania entre os alunos.
Uma atuação não tão conhecida é o trabalho de apoio ao Ministério da Justiça na administração do Posto Avançado de Atendimento Humanizado ao Migrante, que fica no aeroporto internacional do Galeão. Lá, já registramos casos de auxílio a pessoas perdidas, que foram abandonadas em um país estrangeiro e também casos mais graves de exploração sexual.
Nessa mesma linha, atua a nossa Ronda Maria da Penha, o mais recente grupamento, criado em 2021, que só veio consolidar o trabalho de proteção das mulheres vítimas de violência na nossa cidade. Nossos guardas são protetores de mulheres que já sofreram violência para impedir que se repita. No seu primeiro ano, assistiu a mais de 900 mulheres e realizou mais de seis mil acolhimentos.
Dessa forma, podemos resumir de forma bem breve o amor que a GM-Rio tem pela nossa cidade. São 29 anos servindo o município, buscando a excelência, corrigindo a rota quando necessário, para que o nosso Rio posso sempre contar com a Guarda Municipal.
Inspetor geral José Ricardo Soares é comandante da Guarda Municipal do Rio de Janeiro