Sandro Barros é terapeuta e acompanhante terapêutico especializado em dependentes químicos. Divulgação
O ato de tirar a própria vida pode parecer surreal, mas seus motivos são bem mais comuns do que parecem, e partem de situações cotidianas. Tensões emocionais, ambientes negativos, falta de motivação, perda financeira e rompimentos amorosos, são alguns exemplos de casos que podem comprometer a saúde mental de uma pessoa, desenvolvendo transtornos psicológicos como a depressão e a ansiedade, levando ao suicídio.
Identificar a depressão é fácil, seus sintomas iniciais incluem perda de energia e cansaço constante, sensação de tristeza profunda, irritabilidade e lentidão, dores no corpo, problemas no sono e alterações de peso. Observadas as condições, é preciso um tratamento junto ao psiquiatra. A proximidade com amigos e familiares também é de extrema importância, e vale uma atenção especial.
Mas a terapia é uma ferramenta insubstituível, porque ela permite um olhar atencioso que não apenas escuta, mas acolhe, encoraja e inspira. A partir dela podemos entender o problema, e procurar soluções. Ainda há quem ache que depressão é “frescura”, e por isso a doença deve ser discutida em todos os ambientes. É preciso dar espaço para que cada um mostre sua dor, revele seu sentimento, e assim pedir ajuda.
Toda vida importa, e não podemos mais deixar que a tristeza, desesperança e desinteresse façam alguém chegar no ponto de acabar com sua vida. A depressão é um dos maiores desafios que um ser humano pode encarar, mas não podemos, nunca, desistir de nós mesmo. A vida é, sempre, a melhor escolha.
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