Coordenadora do CRAM, Ana Luiza Franco, diz que dos registros encaminhados pelas delegacias, vítimas de apenas 5,8% deles não compareceram à instituiçãoDivulgação/Ascom

Petrópolis - A Lei de Violência Doméstica e Familiar, conhecida como Lei Maria da Penha, completa, neste sábado (7), 15 anos e Petrópolis vem se destacando com o avanço na conscientização, principalmente, das mulheres vítimas de agressões. Cada vez mais elas têm procurados os órgãos de proteção, como delegacias e o Centro de Referência em Atendimento a Mulher – CRAM, como aponta o último levantamento realizado pela instituição.
Apenas entre os meses de janeiro e junho de 2021, houve um aumento de 700% no número de atendimentos realizados pelo CRAM, em comparação ao mesmo período do ano passado. Isso, no entanto, não quer dizer que o número de vítimas aumentou nesta proporção, mas sim que há cada vez mais consciência das pessoas sobre a importância de denunciar o crime.
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"Os números nos mostram que mais mulheres estão se conscientizando e entendendo que precisam denunciar. Temos facilitado esse acesso levando o ônibus lilás nas comunidades e criando novos meios para a comunicação das vítimas de violência doméstica. O objetivo é levar cada vez mais políticas públicas para essas mulheres”, frisa o prefeito interino, Hingo Hammes.
De acordo com a coordenadora do CRAM, Ana Luiza Franco, dos registros que chegaram ao Centro de Referência, encaminhados pelas duas delegacias da cidade, as vítimas de apenas 5,8% deles, não compareceram à instituição. “Mesmo assim, fizemos a busca ativa desse percentual, mas, infelizmente, ainda encontramos recusa de atendimento. A lei vem evoluindo nos últimos quinze anos, mas ela deve vir acompanhada de ações para se tornar efetiva. Com isso o CRAM se tornou um instrumento de extrema necessidade, para garantir o atendimento das mulheres em Petrópolis”, diz.
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Este ano, o CRAM ampliou a rede. Além dos atendimentos presenciais, passou a oferecer contatos on-line e por telefone. “A Lei Maria da Penha prevê que é obrigação de todos a missão de erradicar a violência contra a mulher. Além de agressões físicas, entraram na lei as violências psicológicas, moral, sexual e patrimonial. Ela também ofereceu dispositivos para auxiliar as vítimas, como as medidas protetivas, que proíbem o agressor de se aproximar delas, sob risco de prisão. Isso é uma vitória”, garante.
No CRAM, as mulheres vítimas de violência obtêm atendimento e acompanhamento psicológico, social e jurídico realizado por uma equipe multidisciplinar, auxilio na obtenção do apoio jurídico necessário a cada caso específico, orientação sobre os diferentes serviços disponíveis relacionados à prevenção, apoio e assistência às mulheres em situação de violência.
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O Centro de Referência em Atendimento a Mulher fica localizado na Rua Santos Dumont, no prédio anexo ao Centro de Saúde. Os atendimentos podem ser realizados ainda através do telefone (24) 98839-7387, que também funciona como WhatsApp.