Setenta pessoas se juntaram aos agentes da Defesa Civil para a realização do exercício simuladoDivulgação/Ascom

Petrópolis - Os moradores da comunidade do bairro Floresta começaram o dia de forma diferente neste sábado, 27. Já nas primeiras horas da manhã, cerca de 70 pessoas se juntaram aos agentes da Secretaria de Defesa Civil e Ações Voluntárias para a realização do exercício simulado do Sistema de Alerta e Alarme Alternativo para Escorregamentos que começou a ser praticado às 10h.
O treinamento visa a preparar os moradores para uma atuação ágil, segura e preventiva, com foco em salvar vidas, em dias de chuva forte na localidade. A iniciativa do governo municipal, que recebeu o apoio de instituições como o Rotary Club de Petrópolis e Legião da Boa Vontade (LBV), implementou o sistema que tem como foco o uso de apitos para o acionamento e mobilização da população em dias de emergência.

“É muito importante essa integração com a comunidade, para que a população se sinta parte do projeto que estamos implementando”, destacou o prefeito de cidade, Hingo Hammes.

Os moradores foram capacitados ao longo dos últimos dois meses para essa prática que visa preparar a população local para o período de chuvas intensas na cidade. “Esse é um importante passo para a Defesa Civil aumentar a resiliência das comunidades, fazendo uma capacitação para que a população se sinta mais preparada e em momento de emergência possa se deslocar para ponto de apoio em segurança. Esse é um projeto piloto e a tendência é que se espalhe para outras comunidades”, destacou o secretário de Defesa Civil, Tenente Coronel Gil Kempers, reforçando que o diferencial do sistema é a participação da comunidade, que se envolve desde o monitoramento junto às equipes da Defesa Civil, até o acionamento da população feito com os apitos.

Cerca de 25 agentes da Defesa Civil atuaram no treinamento dos moradores. Na ocasião, todo o processo real de uma situação de emergência foi simulado. A equipe de gestão e monitoramento da Defesa Civil efetuou o envio de uma mensagem de aviso para a comunidade, através do grupo criado especificamente para a localidade em um aplicativo. Nessa mensagem, os agentes simularam um cenário crítico da possibilidade de ocorrência de deslizamentos.
“O acionamento ocorre quando o próprio monitoramento da Defesa Civil identifica a ocorrência de chuva forte. A partir disso é feito o disparo de mensagem para um grupo da comunidade que se mobiliza para deslocar os moradores para o ponto de apoio”, explicou o diretor técnico da Defesa Civil, o geógrafo Luiz Henrique Alves da Silva, reforçando que o monitoramento para acionar a comunidade é feito tanto pelas equipes da Defesa Civil, quanto pelos moradores, que para esse processo também foram orientados a usar pluviômetros caseiros que ajudam a acompanhar o volume e intensidade de chuva na região.

O Sistema de Alerta e Alarme Alternativo para Escorregamentos tem como princípio, o comprometimento da comunidade para o alerta e mobilização dos moradores de áreas de risco, em dias de chuva forte. Durante o exercício simulado, o grupo de moradores voluntários, integrantes do Núcleo Comunitário de Defesa Civil (NUDEC), praticaram o uso dos apitos para o acionamento da população.
O instrumento sonoro é a alternativa para a localidade que não possui sirenes. “Eu vou ser uma das colaboradoras, junto com a Defesa Civil, para quando for necessário apitar para que as pessoas que moram em área de risco, saiam de suas casas e se desloquem para o ponto de apoio. É importante que as pessoas tenham essa consciência”, destacou a moradora do Floresta, Vanda de Souza.

Durante o treinamento, os agentes da Defesa Civil orientaram os moradores sobre as áreas definidas para o posicionamento dos voluntários que farão o uso dos apitos de alerta; o percurso da rota de fuga; abertura e funcionamento do ponto de apoio, que na localidade funcionará na Escola Municipal Duque de Caxias. “Estamos muito conscientes de todo o trabalho que temos nesse projeto, estamos muito dispostos e esperançosos de que seja um ponto de apoio com acolhida para a população”, destacou a diretora da escola, Cátia Terezinha Barroso Gorges, que reuniu a equipe da escola para dar apoio ao simulado e reforça que sente que a comunidade está mais preparada para o enfrentamento de situação de emergências que possam surgir por conta das chuvas fortes