Petrópolis - Um mês inteirinho de portas abertas. É assim que a Casa de Petrópolis Instituto de Cultura vai comemorar um ano da sua reinauguração. O espaço multicultural, que já recebeu mais de 19 mil visitantes neste período, funcionará todos os dias do mês, a partir do dia 2, com horário ampliado, das 10h às 17h30. Além de conhecer o imponente casarão tombado, o público também vai conferir a obra de um dos mais relevantes artistas contemporâneos, Luiz Dolino, que está em cartaz com a exposição ‘A Fantasia Exata’.
Reaberto em dezembro de 2019, após quase dois anos fechado, o espaço foi reinaugurado com um novo objetivo: ser uma casa multicultural para receber exposições, concertos, eventos e demais atividades voltadas a arte e cultura. Desde então, a Casa de Petrópolis coleciona números impressionantes com mais de 1.500 visitantes ao mês, que passaram em suas cinco exposições, 24 concertos, duas festas temáticas, um lançamento de livro e até evento internacional em parceria com o Consulado do México.
“Abrimos as portas e as pessoas vieram e vieram aos montes. Tomamos todos os cuidados por conta da pandemia para que o público pudesse ter a experiência de uma visita guiada pelo primeiro pavimento do imóvel de maneira segura e divertida. Essa casa faz parte do imaginário do petropolitano, foi cenário de novelas e continua sendo um dos cartões postais da cidade. Agora, porém, a casa funciona com um novo contexto, pulsando vida e alegria”, destaca a diretora executiva do espaço, Rachel Wider.
Para além das visitas ao espaço e dos eventos da casa, uma das metas é restaurar o palacete do século XIX. Com móveis originais e decoração preservada, o desafio é reformar áreas que foram degradadas pela ação do tempo, deixando o espaço ainda mais bonito para contemplação pública.
“Essa foi a primeira casa da cidade a receber energia elétrica, banheiros internos e ter um relógio de torre. Ela conta com painéis do pintor Carl Schäffer, imponentes lustres, sala toda em madeira jacarandá e jardins projetados pelo botânico Auguste Glaziou”, explica Rachel, que também é historiadora.
“Manter tudo isso tem um preço e não é barato. Os recursos que vêm das vendas dos ingressos, por exemplo, ajudam na manutenção da casa e jardins. Estamos trabalhando com empenho para manter o espaço e, ao mesmo, realizar as melhorias que ele precisa. É um trabalho de formiguinha, mas nos mantemos firmes com essa meta. A Casa é sobretudo um patrimônio da cidade e dos petropolitanos e precisa ser mantida”, completa Rachel.
Reaberta em dezembro de 2019 com todas as precauções sanitárias, o local precisou ficar cerca de 30 dias de portas fechadas, devido ao lockdown estipulado pela prefeitura. Logo em seguida colocou no ar o site www.culturacasadepetropolis.com.br, espaço que abriga informações sobre a casa e seu histórico, curiosidades sobre o espaço, sua intensa programação, tour guiado e até exposição virtual.
“Conseguimos passar por essa fase tão difícil com um saldo positivo. Então acreditamos que temos muito o que comemorar. Por isso vamos aproveitar o mês de janeiro, época das férias, para ficar com o nosso espaço aberto todos os dias. Assim, o visitante, seja petropolitano ou turista que for visitar a casa, poderá conhecer o espaço tanto por dentro quanto por fora”, finaliza Rachel, lembrando que todas as quartas, quem for morador da cidade pode visitar a parte interna da casa gratuitamente mediante comprovante de residência.
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