Grupo se reuniu nesta quinta-feira (6), no Palácio Itaboraí, sede da Fiocruz em PetrópolisDivulgação/Ascom

Petrópolis - O estágio atual da pandemia do coronavírus e as medidas de proteção necessárias para garantir a segurança sanitária dos petropolitanos foram temas da primeira reunião do comitê científico formado por integrantes do governo municipal, médicos e representantes da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). O grupo, criado para analisar e deliberar sobre as medidas de contenção da pandemia, se reuniu nesta quinta-feira (6), no Palácio Itaboraí, sede da Fiocruz em Petrópolis.

“A formação do Comitê é fundamental e estratégico para o enfrentamento à covid no município. A pandemia já dura dois anos e é importante deixar claro que não acabou. Temos que sensibilizar a população sobre os cuidados necessários, como distanciamento social, uso de máscaras e álcool em gel, além de se evitar aglomerações. Cada um de nós temos que fazer a nossa parte para superar de vez esse momento”, disse o prefeito da cidade, Rubens Bomtempo.

Bomtempo destacou, ainda, que a ciência é soberana e garantiu os avanços nesse processo: “Não é necessário fazer uma retrospectiva, mas é importante frisar que é graças a toda a colaboração cientifica mundial que podemos estar aqui, hoje, em uma reunião presencial, pois colocaram a vida como principal valor”.

Para o secretário de Saúde, Marcus Curvelo, a criação do Conselho Cientifico é fundamental para a elaboração de uma agenda de trabalho produtiva: “Queremos que ela, de fato, pense naqueles mais frágeis da sociedade e que nem sempre têm acesso as informações necessárias”.

“Nós temos uma satisfação muito grande em colaborar com a gestão pública municipal. A missão do Fórum Itaboraí está centrada na promoção da saúde e na redução das desigualdades sociais. Portanto, é a partir dessa perspectiva que temos colaborado e continuaremos colaborando. Nosso trabalho é eminentemente comunitário, acontece nos territórios. E nossa visão parte da determinação social da saúde, ou seja, de como as condições socioeconômicas afetam o bem-estar, o bem-viver das pessoas”, explica Felix Rosenberg, Diretor do Fórum Itaboraí/Fiocruz-Petrópolis.

Rosenberg apresentou uma síntese do histórico de cooperação entre o Fórum Itaboraí/Fiocruz-Petrópolis e a Prefeitura Municipal desde 2010, bem como os principais projetos em curso na unidade. Dentre eles está o georreferenciamento por zona de calor da covid no município, realizado desde 2020.
São mapas de Petrópolis que indicam as áreas de mais incidência e persistência da doença ao longo de quase dois anos, a partir de dados fornecidos pelo departamento de Vigilância em Saúde da Secretaria Municipal de Saúde.
“O endemismo na região central do município é uma das principais conclusões que esse trabalho nos trouxe. Ou seja, o mapa de calor gerado a partir dos dados oficiais da covid no município nos mostra a persistência dos casos no centro da cidade. Assim, se com esse sistema geográfico passamos a entender onde está a doença e como ela se comporta ao longo do tempo no território, temos os alertas claros e necessitamos de estratégias para reduzir a contaminação. Essa área central merece um olhar mais específico e atento, até porque a covid ainda está aí e precisamos pensar e atuar com medidas epidemiológicas de prevenção. E os modelos e tecnologias sociais que desenvolvemos e aplicamos podem contribuir com enfrentamento de outras doenças que afetam a população e com políticas públicas intersetoriais de saúde”, destaca Rosenberg.
Além do Secretário de Saúde, os médicos Marco Liserre, Luís Eduardo Fontes e Luís Arnaldo e o diretor do Serviço Autônomo do Hospital Alcides Carneiro (Sehac), Ricardo Patuléa, também participaram do encontro, assim como os secretários Marcelo Soares, de Desenvolvimento Econômico; Silvia Guedon, de Turismo; Diana Iliescu, diretora presidente do Instituto Municipal de Cultura, Adriana de Paula, de Educação e Karoline Cerqueira, de Assistência Social.