Petrópolis - Com o objetivo de conscientizar a população sobre a importância de boas práticas no manejo e plantio de alimentos, além da inserção de opções saudáveis no dia a dia, o projeto Semeamando idealizado pela engenheira agrônoma Carolina Rodrigues, comemora em 2023 seus doze anos pautado na preservação do meio ambiente. Ao todo, dez pontos já foram contemplados pela iniciativa em Petrópolis, entre elas escolas e creches. Para o próximo ano, pelo menos mais 20 núcleos do projeto estão em fase de implantação.
Através de ações que tem como principal propósito trazer conhecimento, estimular o aprendizado e a aplicação dos conhecimentos através das atividades de educação profissional, especial e ambiental. “Esse projeto é como se fosse um filho de coração. São quase 27 anos de dedicação a essa ideia que surgiu no início da faculdade de Agronomia em 1996, que tomou força há mais de uma década e conseguimos implementar em escolas e comunidades locais. Temos três subprogramas principais que exploram as potencialidades que o desenvolvimento das hortas traz, além das experiências com jardins sensoriais e o reflorestamento, que traz à tona a importância da consciência ambiental”, detalha Carolina.
O “Nossa Horta” é um programa que estimula hortas e pomares sustentáveis em escolas, asilos, clínicas e bairros, para aproximação das pessoas com a natureza, inclusão social e conhecimentos agronômicos para plantio do próprio alimento com qualidade. As etapas contemplam conceitos como a reciclagem, solo, plantio e colheita.
“Iniciamos com a reciclagem e coleta das garrafas para produzir os canteiros e estimular a sustentabilidade, preenchemos com tintas coloridas incentivando trabalho em equipe e criatividade, engenharia com a construção e design dos canteiros, adubação e preparo do solo, plantio das mudas, cuidados com a horta, a colheita e a chegada ao prato. Tudo de forma coordenada e trazendo os conceitos importantes de sustentabilidade e os cuidados adequados a este cultivo”, detalha.
O jardim sensorial traz o contato com a natureza aos deficientes físicos e visuais ou pessoas que queiram vivenciar essa experiência, despertando todos os sentidos do corpo e atrelando as atividades agronômicas. “O tato é estimulado através do solo e texturas com as plantas, audição com a água e pássaros, a visão com o reflexo das cores exuberantes, o olfato com aromas das espécies e o paladar que traz o diferencial após a colheita”, explica a agrônoma.
Já o programa “Floresta Viva”, consiste em reflorestar áreas degradadas por queimadas na região Serrana do Estado do Rio de Janeiro, com o objetivo de recuperar o ecossistema, recompondo fauna, flora e nascentes. A primeira delas está localizada em torno de nascentes, a segunda em áreas de mata ciliar, a terceira em locais de queimadas e topos de morro.
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