Esgoto passa sob a Avenida Fernando Bernardelli, no Centro, a poucos metros do Hospital MunicipalDivulgação

Imagina conviver todos os dias com o mau cheiro, mosquitos e animais peçonhentos. Essa é a realidade de muitos moradores do Centro de Porto Real. Uma vala que corta a localidade carrega resíduos de esgoto. A preocupação maior é com o aumento de doenças derivadas da falta de saneamento básico e o aparecimentos de animais.
Segundo dados mais recentes disponibilizados pela Prefeitura de Porto Real, a Secretaria Municipal de Obras e Serviços, por meio do Departamento de Saneamento Básico (DSU), trata 98% da água e coleta 95% do esgoto gerado pelos 20 mil habitantes. Apesar disso, 35% do esgoto ainda é jogado in natura no meio ambiente, poluindo o Rio Paraíba do Sul, única fonte de água na cidade.
A moradora Iolanda Monteiro diz que sofre com o esgoto a céu aberto há anos. Atrás de sua casa, uma vala carrega o esgoto despejado por diversos bairros. "É um odor muito forte, e quando chove acaba transbordando. É muito grave o que vivemos aqui, já que esse esgoto acaba poluindo a água que a gente precisa para viver". Outra moradora, que não quis se identificar, também se preocupa. "Com esse esgoto acabam aparecendo animais como ratos, escorpiões, baratas".
Há poucos metros dali está o Hospital Municipal São Francisco de Assis, que atende casos de emergência na cidade. A proximidade com a unidade de saúde mais importante do município também é um problema. Em nota, a prefeitura de Porto Real informou que contratou uma empresa especializada em manutenção de rede de sistemas de Água Potável e Esgoto Sanitário, mas que o local citado na matéria não se enquadra no contrato de manutenção em curso. Para a solução definitiva, já se encontram em fase final, os projetos e processos de licitação para a contratação de uma obra que promete resolver o problema.
Confira a nota completa abaixo:
"A prefeitura de Porto Real, por meio da Secretaria Municipal de Obras e Serviços Públicos (SMOSP), esclarece que têm ciência sobre o problema citado e que os registros apontam que o mesmo existe há no mínimo 8 anos, passando assim por duas gestões municipais. A atual gestão da prefeitura, juntamente com suas secretarias, vem atuando de forma incessante para corrigir estes casos de abandono.
A SMOSP explica que, mesmo no período com problemas sanitários gerados pela pandemia da Covid-19, não permaneceu inerte e vem preparando projetos e realizando uma série de ações de recuperação referentes a tal descaso, abandono e sucateamento do saneamento da cidade. Cabe salientar que não se reverte quase uma década de abandono em dias ou meses, mas sim com trabalhos constantes de obras, que devem ser feitos de forma regular, bem como a recuperação dos sistemas de Água e Esgoto existentes e com uma operação mais eficiente.
A Secretaria de Obras explica que já efetuou a contratação de uma empresa especializada em manutenção de rede de sistemas de Água Potável e Esgoto Sanitário. Tal processo vem sendo feito de forma impecável, recuperando o sistema que outrora se encontrava sucateado e inoperante.
Por último, a SMOSP salienta que os serviços no local citado não se enquadram no contrato de manutenção em curso na atualidade. Para a solução definitiva do problema, já se encontram em fase final, os projetos e processos de licitação, para a contratação de uma obra que resolverão de uma vez por todas esse problema histórico da cidade."