Operadora de internet é proibida de trabalhar nos bairros Nova Cidade e Gelson Apicelo por ordem do tráfico. Foto: Reprodução.

RIO DAS OSTRAS - Desde o dia 2 de setembro, um médico psiquiatra que atende em Rio das Ostras e municípios vizinhos, tenta trabalhar através de suas consultas remotas a pacientes que precisam de tratamento, mas infelizmente não consegue. O motivo seria a falha de sinal por parte da empresa Sumicity, que estaria proibida por traficantes de acessar a localidade.
Segundo moradores traficantes estariam impedindo a empresa de executar serviços de manutenção na rede das localidades de Nova Cidade e Gelson Apicelo. “Sou médico psiquiatra e um dos poucos na cidade. No momento atual que vivemos a integridade de minha conexão é vital. Consultas online, emergências, lives, aulas e participação minha em encontros virtuais pois sou speaker de vários laboratórios e professor universitário, um absurdo”, desabafou o médico.

O médico, que por questões de segurança não será identificado, entrou em contato com o suporte da operadora por quatro vezes e sempre é informado que o serviço está temporariamente interrompido por falta de segurança pública.

“Foi verificado que no momento estamos impossibilitados de atender a sua região por motivos de segurança pública e da equipe técnica. Peço por gentileza que aguarde, a nossa equipe está trabalhando e verificando o possível para solucionarmos o problema o mais rápido possível!” escreveu uma atendente da empresa.

Em contato com a 3ª Companhia da Polícia Militar (PM), fomos informados que a PM está ciente da ação de criminosos no bairro Nova Cidade e Gelson Apicelo. O comando da companhia disse ainda que recebeu inúmeras reclamações de moradores, relatando que a operadora estava proibida de entrar no bairro, e que a equipe está realizando patrulhamento ostensivo para evitar ação de criminosos na localidade.

A Polícia Civil já foi acionada, pois segundo a PM, o tráfico está adotando as mesmas técnicas da milícia para ganhar dinheiro, obtendo o controle das assinaturas da população. O caso está sendo investigado pela 128ª Delegacia Policial (128ª DP).