Conforme uma testemunha, o amigo do militar também teria se passado como policial e a obrigou a entregar a carteira com documentos - Letycia Rocha Divulgação/Polícia Civil

RIO DAS OSTRAS - Um policial militar lotado no 25ª Batalhão da Polícia Militar (25º BPM), em Cabo Frio, foi preso no final da madrugada desta sexta-feira (31) após disparar uma arma de fogo e constranger populares em Rio das Ostras. Um homem que estava no mesmo veículo que o PM também foi preso.
Segundo o delegado titular da 128ª Delegacia de Rio das Ostras (128ª DP), Ronaldo Cavalcante, por volta das 5h10, um agente do 32º BPM, de Macaé, estava no trailer da PM na Orla de Costa Azul, quando foi abordado por uma mulher relatando que dois elementos estavam a bordo de um carro apontando uma arma de fogo para pessoas que circulavam no local.
Após a solicitação, o policial avistou o veículo parado em frente a um bar, mas não realizou a abordagem, por estar sozinho. Em observação, ele flagrou o automóvel contornar o canteiro central e o motorista, identificado como P.H.E.B., efetuar disparos para o alto e ainda o ameaçar dizendo que “era da casa”. No banco do carona, estava o militar do 25º BPM, identificado com D.F.P.. A dupla efetuou ainda mais dois disparos para o alto e desapareceu em seguida.
O agente solicitou apoio da Companhia Militar de Rio das Ostras, que conseguiu abordar o carro novamente nas proximidades de um bar no Costa Azul. Durante revista no veículo, foi localizada uma arma de fogo.
O policial militar D.F.P. e o amigo foram encaminhados para a 128ª Delegacia de Rio das Ostras (128ª DP), onde foi determinada a prisão em flagrante da dupla, sem possibilidade de pagamento de fiança.
“Os suspeitos foram detidos em poder da arma de fogo que havia acabado de ser utilizada para disparar para o alto em via pública, em local de amplo acesso e com pessoas caminhando pela orla da praia, causando alvoroço e espanto”, afirmou o delegado.
Conforme uma testemunha, P.H.E.B. também teria se passado como policial e a obrigou a entregar a carteira com documentos. Toda a ação foi praticada com apoio e conivência do policial militar.
“O PM teria incorrido no mesmo delito, senão como partícipe, na condição de agente garantidor”, explica Cavalcante.