Por gabriela.mattos

Rio - A Justiça do Rio decidiu, nesta segunda-feira, que o ex-deputado estadual Geraldo Moreira da Silva será submetido a julgamento pelo júri popular. O ex-parlamentar é acusado de ser o mandante do assassinato de Carlos Alberto Peres Miranda, namorado de sua ex-mulher, Leila Mayworm Costa, em março de 2008, na Rua Andrade Neves, na Tijuca, na Zona Norte.

Segundo a denúncia oferecida pelo Ministério Público, Geraldo acreditava que a vítima exercia forte influência sobre Leila para que ela não aceitasse a partilha de bens do ex-casal. Na sentença, o juiz verificou que os depoimentos das testemunhas do processo eram contraditórios. 

Além disso, o ex-deputado teria ordenado ao policial militar Marcelo Brasil Gonçalves que contratasse dois executores: Leandro Rosa da Silva e Ulisses Matheus Costa. De acordo com as investigações, eles emparelharam a motocicleta com o carro da vítima, sacaram uma pistola e fizeram os disparos. Já os acusados Ailton Silva Diniz e Ivan Luiz Bayer teriam participado do crime planejando o delito, fornecendo a arma e intermediando a contratação dos assassinos. A recompensa seria de R$ 10 mil para Ulisses e de R$ 5 mil para Leandro.

Por ter foro privilegiado na época, Geraldo começou a ser julgado em um processo separado pelo Órgão Especial do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ). No entanto, com o término do mandato e a não reeleição de Geraldo em 2014, o processo voltou para o 3° Tribunal do Júri da Capital. A data de realização do júri será definida após o julgamento de possíveis recursos.

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