Por tiago.frederico

Rio - Suspeitos de participar do estupro coletivo de uma adolescente de 16 anos em uma favela da Praça Seca, os jovens Raí de Souza, de 22 anos, e Lucas Perdomo Duarte Santos, de 20, estão sendo transferidos, na tarde desta quinta-feira, da carceragem da Polinter, na Cidade da Polícia, no Jacarezinho, para o presídio Bangu 10, no Complexo de Gericinó.

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Diretor da Polinter, Marcio Mendonça disse que Raphael Belo, outro que está preso suspeito de participar do crime, irá permanecer na Cidade da Polícia para prestar novos depoimentos à delegada responsável pelo caso, Cristiana Bento, titular da Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima (DCAV).

Lucas Perdomo e Raí de SouzaWhatsApp O DIA (98762-8248)

No início da tarde, Lucas, que é jogador de futebol, recebeu de sua mãe uma quentinha e roupas. Na marmita, havia arroz, feijão, salada, carne e um copo de suco. As roupas enviadas a ele incluem duas camisas e cueca. A advogada Renata Barcellos, uma das três que defende o jovem, entregou o mimo enviado pela mãe de Lucas. Seus pais também foram à Cidade da Polícia hoje.

Segundo Renta, Lucas está "confiante". "Ele disse que foi bem tratado pela delegada (Cristiana Bento). Recebeu bem a notícia da transferência. Ontem (quarta-feira) estava mal, chorou muito. Lucas está na cela com Raí e está mais calmo. Ele almoçou, mas não quis ficar com a roupa que é de grife porque achou que tomariam dele no presídio. Ele pediu falou com a mãe para se acalmar, que só quer sair dessa. Não quer tirar satisfação com ninguém. Até porque ele tinha propostas de outros clubes", disse a advogada.

Pela manhã, Marina Batista, outra advogada que representa o jovem, foi à Justiça pedir revogação temporária da prisão de Lucas. Para a advogada, há uma contradição no depoimento da vítima que retira o jogador da cena do crime. "Em determinado momento, ela diz que o encontrou em uma casa para ir ao baile funk. Depois, disse que o encontrou diretamente no baile", declarou.

Outro advogado que representa o rapaz de 20 anos, Eduardo Antunes falou com O DIA nesta manhã. Ele se mostrou confiante na soltura do cliente. "Parece que a polícia entendeu a tese da defesa. Espero que a soltura do Lucas seja decretada até amanhã", disse.

O advogado não nega que Lucas tenha tido relação sexual com a vítima. No entanto, segundo ele, os dois se relacionaram há quatro meses. No dia do estupro, de acordo com Eduardo, Lucas, que namora há quatro anos com uma menina, teve relações com uma outra menina, amiga da vítima. Já seu amigo, Raí de Souza, segundo a versão do advogado, teria feito sexo com a vítima.

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