Por gabriela.mattos

Rio - O ex-vereador de Magé Genivaldo Ferreira Nogueira, de 50 anos, escapou de uma tentativa de assassinato na manhã desta segunda-feira, em Magé, na Baixada Fluminense. Batata, como é conhecido, estava saindo de casa, no bairro Barbuda, quando, ao passar na Estrada do Contorno, seu carro, uma picape Toyota Hillux, foi atingido por pelo menos quatro tiros. Ele só não foi baleado porque seu veículo é blindado.

Batata já respondeu na Justiça por quatro processos de assassinato contra dois vereadores, uma vice-prefeita e a um jornalista entre os anos de 2001 e 2007.

Ex-vereador sofre tentativa de homicídio em MagéDivulgação

O político ficou em estado de choque e foi levado ao hospital municipal da cidade, onde foi medicado e liberado. De acordo com informações da 65ª (Magé), foi instaurado um procedimento para apurar as circunstâncias da ‘tentativa de roubo.

Segundo diligências preliminares, dois homens em uma motocicleta abordaram a vítima e fizeram disparos, embora não a tenha atingido. Os disparos teriam sido feito de pistolas 9 milímetros, pois cápsulas deste calibre foram encontradas por peritos no local do crime.

No momento dos disparos, houve correria e pânico entre pessoas que estavam na rua. Policiais do 34º BPM (Magé) reforçaram a segurança da região.

Batata é testemunha chave na Operação Terra Prometida, realizada pelo Gaeco no dia 22 de janeiro, onde 13 pessoas foram denunciadas, acusadas de fraudar uma licitação de R$ 22,4 milhões em 2009. Entre os acusados está Anderson Cozzolino, o Dinho, então prefeito de Magé em 2011.

Batata prestou depoimento na quinta-feira no Ministério Público, mas, um dia antes, disse que Cozzolino, o empresário Fábio Figueiredo e o advogado e ex-procurador da Câmara, Fernando Abrahão, além de um quarto homem não identificado, o obrigaram a entrar num carro e, armados, o ameaçaram.

Em depoimento, o político afirmou que eles teriam dito: “Vai morrer você e sua família (sic). Vai morrer todo mundo. Você tem uma semana para ir lá e desfazer seu depoimento”.

Ainda segundo o ex-vereador, dinheiro teria sido oferecido para que ele mudasse a versão que deu ao Ministério Público, que ontem pediu a prisão preventiva dos três acusados. O DIA tentou localizar as pessoas citadas para falarem sobre o assunto, mas não conseguiu contato com elas.

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