Por gabriela.mattos
Preso desde 2013, Toni Ângelo é condenado a 14 anos de cadeiaDivulgação

Rio - A Justiça do Rio condenou, na tarde desta segunda-feira, o miliciano Toni Ângelo Souza de Aguiar e outros 14 réus a prisão em regime fechado, com penas variadas, por formação e organização criminosa e crimes hediondos. De acordo com a juíza Alessandra Bilac Moreira Pinto, titular da 42ª Vara Criminal da Capital do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ), eles atuavam em uma milícia chefiada por Toni Angelo em Campo Grande, Sepetiba e Santa Cruz, na Zona Oeste.

Além disso, na decisão, a magistrada determinou ainda a perda do cargo dos condenados que ainda ostentam a condição de funcionários públicos civis ou militares. A quadrilha também é acusada pela ocupação e extorsão de valores em negociações irregulares de casas nos condomínios do programa habitacional “Minha Casa Minha Vida”, do Governo Federal, localizadas em região de domínio da facção.

Segundo a polícia, o grupo abordava os beneficiários do programa assim que eles tomavam posse de seus respectivos imóveis e informavam que os moradores teriam que pagar "taxas extras" sobre cada conta (gás encanado, água, luz, condomínio) em prol da quadrilha, bem como adquirir, mensalmente, cestas básicas fornecidas por alguns de seus integrantes, por valores altamente superfaturados, sob pena de, caso não fizessem, ter bens confiscados, serem expulsos dos condomínios, espancados, torturados e até mortos.

Apontado como líder do grupo, “Erótico” é um ex-policial militar que ascendeu à posição de chefia da quadrilha após a prisão de Ricardo Teixeira da Cruz, o “Batman”. Toni Ângelo está preso desde 2013 e foi condenado a 14 anos de reclusão como duplamente reincidente, por já ter sido condenado em outros processos. Seu sucessor como chefe da organização, Marcos José de Lima Gomes, o “Gão”, terá que cumprir também pena de 14 anos de prisão.

Os outros condenados são João Henrique Barreto, Valdenir Mendes Pereira, Ruan do Nascimento Braga, Paulo Eduardo Knupp, Alexandre da Rocha Antunes, Alexander Monteiro Tomaz, Carlos Roberto Silva dos Santos, Marco Paulo Pereira Barenco, Roberto Mauro Pereira Batista, Ademir Horácio de Lima, Danilo Cesar da Silva Ferreira, Renan dos Santos Barbosa e Lenilson de Oliveira. Todos os réus estão presos e não poderão recorrer da sentença em liberdade.

No mesmo processo foram absolvidos os réus Rodrigo dos Anjos Santos, Emerson Santana Gonçalves e Adilson Alves Paes.

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