Por bianca.lobianco

Rio - O corpo do cirurgião plástico Ivo Pitanguy será velado a partir das 13h, no Cemitério Memorial do Carmo, na zona portuária da cidade, e cremado por volta das 18h. O renomado cirurgião morreu no final da tarde deste sábado, aos 90 anos, em sua casa na Gávea, após sofrer uma parada cardíaca. 

Em sua última aparição pública, médico carregou, sentado em uma cadeira de rodas, a Tocha Olímpica na passagem da chama pela Zona Sul.

Ivo Pitanguy morreu após sofrer uma parada cardíacaDivulgação / Clínica Ivo Pitanguy

Com uma carreira internacional de sucesso, Ivo Pitanguy atendeu a personalidades do mundo inteiro, além de prestar serviços a pessoas simples que buscavam sua ajuda em problemas graves e que necessitavam, muitas vezes, de intervenções delicadas. Ele foi o responsável pela criação do serviço de Queimados, na Santa Casa de Miseriórdia.

O cirurgião plástico se destacou também como escritor, tendo sido eleito em 11 de outubro de 1990 para ocupar a cadeira 22 da ABL, que tem como patrono José Bonifácio.

Nascido em Belo Horizonte, em 5 de julho de 1923, Pitanguy deixa a mulher Marilu Nascimento, com quem era casado desde 1955, além de quatro filhos (Ivo, Gisela, Helcius e Bernardo) e cinco netos.

Governador Pezão lamenta morte de Pitanguy, e ABL decreta luto de 3 dias

O governador licenciado do Rio, Luiz Fernando Pezão, lamentou a morte do cirurgião plástico Ivo Pitanguy. Em nota, Pezão lembrou que Pitanguy foi uma referência internacional na cirurgia plástica. "O médico brasileiro não foi apenas um profissional preocupado com a estética, mas dedicou sua vida à recuperação e reabilitação de pessoas vítimas de queimaduras e desastres, tendo estabelecido um serviço pioneiro para os mais pobres na Santa Casa de Misericórdia, entre tantas outras iniciativas", ressaltou Pezão.

O governador  expressou ainda suas condolências à família e amigos de Pitanguy.

A Academia Brasileira de Letras também divulgou nota lembrando a trajetória de Pitanguy. O Presidente da ABL, Domício Proença Filho, decretou luto de três dias e determinou que a bandeira da Academia fosse hasteada a meio mastro.

"Ivo Pitanguy era uma presença brasileira em todo o mundo, um amigo fraterno, um acadêmico sempre participativo na ABL, uma raríssima figura humana, aberta plenamente à doação dos seus saberes e de sua alta competência.", declarou Proença, na nota.

Ivo Pitanguy foi eleito imortal na ABL em 11 de outubro de 1990 para ocupar a cadeira 22. O corpo do médico será cremado neste domingo no Memorial do Carmo, no Rio.

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