Rio - O Comitê Olímpico Rio 2016 se desculpou formalmente com os nadadores dos Estados Unidos que foram assaltados em uma falsa blitz da polícia na Lagoa, Zona Sul do Rio, na madrugada deste domingo. "Nós pedimos desculpas aos atletas pela violência que eles passaram", disse o diretor de comunicação Mario Andrada em entrevista coletiva, nesta segunda-feira, no Parque Olímpico.
"Pedimos às autoridades que todos estejam seguros em todos os locais da cidade", reiterou Andrada. A equipe norte-americana deve permanecer no Brasil até a próxima quarta-feira e irá se locomover apenas de carro blindado a partir de agora.

Ryan Lochte, considerado o segundo melhor atleta da equipe de natação dos Estados Unidos, ficou sob mira de arma, ao deixar uma festa na Casa França, na Sociedade Hípica Brasileira, junto com os colegas de equipe Gunnar Bentz, Jack Conger e Jimmy Feigen. Lochte foi ouro no revezamento 4x200 m livre da natação na Rio-2016.
Australianos são proibidos de irem à praia à noite após assalto a Lochte
Polícia investiga se nadador americano ficou sob mira de arma
Em entrevista ao canal norte-americano NBC News, o nadador contou que seu táxi foi abordado por homens com distintivo policial. "Pediram deitarmos no chão, eu me recusei e, então, ele apontou a arma para mim. Depois, eu deitei e ele roubou o nosso dinheiro e a minha carteira. Deixou o meu celular e credenciais", explicou.
Inicialmente, a polícia disse que não tinha sido comunicada sobre o caso. No entanto, por volta das 16h30, informou que já trata o incidente como roubo e as investigações estão em andamento.
O assalto fez com que atletas australianos sejam proibidos de irem à praia durante a noite. A ordem partiu da chefe de missão do país, Kitty Chiller, neste domingo. "A segurança é a nossa principal preocupação com nossos atletas e membros da equipe. Greg Nance (diretor de segurança) se reuniu com os diretores das nossas equipes e, principalmente para os atletas que já encerraram suas participações, introduziu protocolos de segurança, especialmente para aqueles que gostam de ir para Ipanema e Copacabana", afirmou a chefe ao jornal britânico "The Guardian".