Por bianca.lobianco

Rio - Os quatro nadadores americanos que alegam ter sido assaltados na madrugada do último domingo teriam se envolvido em uma briga em um posto de gasolina, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio. A informação foi confirmada ao DIA pelo chefe da Polícia Especializada, Ronaldo Oliveira. "Essa é a linha de investigação. O inquérito está sendo fechado nesse momento".

De acordo com investigadores, os quatro atletas saíram em um táxi às 5h50 da Casa França, na Lagoa, Zona Sul do Rio. Pediram para parar no posto de gasolina Shell, na Avenida Armando Lombardi, número 370, no Jardim Ocêanico, para ir ao banheiro.

Câmeras do circuito interno mostram que um dos nadadores ficou irritado ao saber que o banheiro não ficava dentro da loja de conveniência. Ele quebrou uma porta do estabelecimento a chutes, além de depredar outros objetos.

Vídeo mostra nadador chegando à Vila com pertences que teriam sido roubadosReprodução Vídeo

Segundo uma funcionária, um frentista chamou o segurança que pegou uma arma já que os atletas estavam exaltados. Um chamado à Polícia Militar teria sido feito. "O dinheiro foi solicitado para pagar os danos. Não sei quanto foi a quantia, mas eles entregaram em tom de deboche ainda", disse uma funcionária que pediu para não ser identificada.

Ryan Lochte disse à polícia que ele e outros três atletas foram rendidos por um bando armado que exigiu todo o dinheiro que eles tinham, em torno de U$$ 400.  

A Polícia Civil já está com as imagens do posto de gasolina. Eles chegaram ao local após traçar o trajeto contrário -- da Vila dos Atletas até o estabelecimento.

Uma coletiva de imprensa nesta tarde será concedida para dar mais detalhes sobre o caso e descartar ou não o assalto.

Chefe de Polícia Civil diz que versão apresentada pelos atletas é contraditória 

O chefe de Polícia Civil, delegado Fernando Veloso, afirmou que a polícia está trabalhando com todas as linhas possíveis de investigação a respeito do suposto assalto sofrido pelos nadadores norte-americanos no último domingo. Em entrevista à rádio CBN nesta quinta-feira, Veloso informou que a oitiva anterior foi feita de uma forma precária e que os nadadores não colaboraram.

"Na versão apresentada pelos nadadores não foi encontrada nenhum indício que confirmasse o que eles falaram. Pelo contrário, quanto mais a gente avança, mais dúvida surge sobre a veracidade da história que eles passaram inicialmente". 

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O delegado também afirmou que em breve vai conseguir todas as respostas sobre o que de fato aconteceu depois que eles saíram de uma festa na Zona Sul.

Se confirmado que não houve ação criminosa, como eles estão relatando, eles poderão responder por crime de falsa comunicação. Segundo Veloso, a conclusão terá até uma perícia com o objetivo de instituir um inquérito polícia e submetê-lo à Justiça.

"Várias imagens foram colhidas e estão servindo de parâmetro para serem confrontadas com o que os atletas descreveram. A gente já tem depoimento de outras testemunhas importantíssimas que reforçam a contradição dos atletas. Precisamos ter cautela para não formar uma conclusão precipitada. A conclusão terá, inclusive, uma perícia. O objetivo é instituir um inquérito policial e submetê-lo à Justiça. Então precisamos formalizar as provas necessárias para a Justiça decidir como irá agir”, concluiu.

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