Por adriano.araujo
Darlene da Silva Gonçalves Corrêa, 43 anos, morreu durante tiroteio na Favela da Grota, no AlemãoReprodução Facebook

Rio - O filho de Darlene da Silva Gonçalves Corrêa, de 43 anos, morta com um tiro no tórax durante mais um tiroteio na Favela da Grota, no Complexo do Alemão, parece ainda não acreditar no que aconteceu com a mãe. "Ela foi nascida e criada na comunidade. Quem a conhece sabe o quanto ela se dedicou ao amor e a fazer o bem. Ela era tão boa que acho que ela não cabia mais nesse mundo. Nem acreditamos no que aconteceu, porque ela era muito boa. Espero que ela seja lembrada pelas bondades que fez", disse o vendedor, com a voz embargada. Além de Leonardo, Darlene deixa outras duas filhas. 

Quatro pessoas foram presas e a UPP nega troca de tiros com os bandidos.  

Segundo Leonardo, a mãe era doméstica e ligou para marido, pai dele, assim que saiu do trabalho para avisar que ia fazer compras. "Foi tudo muito rápido. Lá na comunidade tem essa questão da troca de tiros, e ela infelizmente morreu. Ainda tenho esperança de ver paz numa comunidade que vive em guerra. O carioca não acredita que isso vá acontecer com ele. A gente nunca acredita que a violência vá nos atingir. Moro em Queimados e quando soube sai correndo de lá. Imaginei que ela estivesse doente, não que tivesse levado um tiro", contou. Darlene será enterrada no Cemitério de Inhaúma. 

Darlene foi levada para a UPA do Alemão e em seguida transferida para o Hospital Municipal Salgado Filho, no Méier, por causa da gravidade dos ferimentos. 

Um relato comovente, de quem acabou de perder uma amiga, vizinha, foi registrado após a morte de Darlene  A gravação da amiga de Darlene foi publicado pelo jornal Voz da Comunidade, do Alemão.

Outra moradora foi baleada no tiroteio no Alemão. Ela foi identificada como Regina Calheiro, de 61 anos. Ela ficou internada no Salgado Filho e recebeu alta por volta das 8h desta sexta-feira. 

Segundo a Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) Alemão, o tiroteio começou quando policiais que faziam patrulhamento na região por volta das 18h foram atacados por criminosos armados na localidade conhecida como Largo do Bulufa. A UPP nega que tenha trocado tiros com os traficantes. A Polícia Civil ainda não se pronunciou sobre o caso.

UPPs da região foram acionadas para reforçar o policiamento. Durante as buscas, quatro homens foram presos e encaminhados à Cidade de Polícia, no Jacaré, suspeitos de terem participado da ação.

Você pode gostar