Por adriano.araujo

Rio - Policiais da Delegacia da Criança e Adolescente Vítima (DCAV) prenderam, na manhã desta segunda-feira, Izabela Pimenta de Souza. A faxineira é irmã de Thuanne Pimenta dos Santos, acusada de ter entregado uma criança de dois anos ao coronel Pedro Chavarry, no último dia 10. A criança teria sofrido abuso sexual praticado pelo oficial.

De acordo com os investigadores, Izabela foi a primeira a chegar na cena do crime e teria dito que o pai da menina era falecido e, a mãe, estaria presa. No entanto, os pais da criança deixaram Thuane levar a menina para tirar uma foto natalina. Assim como a irmã, ela está presa por participação no estupro da vulnerável.

O coronel Chavarry e Thuane dos Santos, acusados por abuso de menina de dois anosReprodução

O mandado de prisão de Izabela foi expedido pela juíza Marta De Oliveira Cianni Marins, da 23 Vara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio. O pedido da prisão foi feito na última sexta-feira e é temporária de 30 dias.

Ao DIA, Izabela afirmou, na última terça-feira, que a irmã foi "inocente" ao acreditar no coronel e que não imaginava que ele iria praticar atos libidinosos com a criança.

Mãe de 4 filhos, Izabela disse que chegou a ver uma suposta creche de Chavarry há 10 anos, em Bonsucesso. "Era um apartamento e tinha umas 8 crianças sentadas no chão. Não deixei meu filho", afirmou.

Ainda de acordo com Izabela, o coronel conhecia as moradoras da comunidade desde a década 1990, quando um grupo começou a panfletar para ele na Praça das Nações, em Bonsucesso.

"Tínhamos confiança nele. Ele nos dava fraldas, leite para as crianças e nos arranjava emprego como faxineiras", disse.

FAXINEIRA VAI VOLTAR A DEPOR

Uma das faxineiras do coronel será chamada para depor pela terceira vez nesta terça-feira. ‘Há algumas contradições no depoimento dela que quero esclarecer”, afirmou a delegada Cristiana Bento, da Dcav. A faxineira diz que cuidou “por amor” de duas crianças pequenas que Chavarry teria raptado de uma outra mulher, chamada Laís, na sua casa, na favela Uga Uga, em Ramos. “Ele disse que a mãe era viciada e morava em um abrigo. Não me deu dinheiro para cuidar das crianças. Entrei em depressão quando elas foram levadas embora”, afirmou.

Uma das crianças, uma menina, foi entregue a essa moradora aos quatro meses e devolvida à mãe após 1 ano e meio. Já o menino ficou com ela por quatro dias. As duas crianças já estão com Laís. Também amanhã a delegada vai ao Hospital Geral de Bonsucesso em busca do registro de nascimento de uma bebê em 2009, também filha de Laís, e que teria sido raptada pelo coronel antes mesmo da certidão de nascimento.

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