Rio - Terminaram em tragédia as férias de um casal de turistas de São Paulo na Ilha Grande. No início da noite de quarta-feira, Raquel Araújo de Lima, de 27 anos, e Ítalo dos Santos Almeida, 26, foram atacados a facadas por um homem perto de uma praia onde estavam acampados. O criminoso fugiu levando uma mochila com dois celulares, roupas e cartões. A mulher morreu no local. O namorado foi socorrido e passa bem.
Raquel levou três facadas no pescoço — uma atingiu a medula. A família dela chegou a Angra dos Reis na tarde de quarta para o reconhecimento do corpo, liberado ontem à tarde do IML. Ainda não havia informações sobre velório e enterro.
O caso é investigado como latrocínio (roubo seguido de morte) na 166ª DP (Angra dos Reis). Segundo o inspetor de polícia Marcos José Oliveira, Ítalo contou que foi atingido na cabeça com golpes preferidos com o cabo do facão e iniciou luta corporal com o bandido.
“O Ítalo se atracou com o cara, foi lesionado e acabou caindo em uma ribanceira. Quando ele conseguiu retornar ao local, a namorada já estava morta e o assassino tinha fugido”, disse o inspetor.
O jovem foi levado para o Hospital Geral da Japuíba, em Angra. Ontem à noite, ele permanecia em observação aguardando alta médica para retornar à sua cidade, acompanhado de parentes.
“O Ítalo contou que estava em uma barraca e apareceu um cara do nada com um facão e partiu para cima dos dois. Deu vários golpes, perfurações em várias partes do corpo. Ele saiu correndo para pedir socorro e caiu de um barranco de um três metros de altura”, explicou o pai do rapaz, Hélio do Carmo de Almeida, ao RJTV.
Segundo a assessoria da Polícia Civil, o caso ocorreu em localidade conhecida como Passa Terra. Perícia foi realizada e diligências continuam em andamento para esclarecer as circunstâncias do crime e identificar sua autoria.
Os investigadores acreditam que o criminoso seria morador da Ilha Grande, mas ainda têm dificuldades para identificá-lo. “No hospital, a vítima descreveu o assassino como um homem de cor parda, altura mediana e magro, características de 70% da população. Os moradores estão ajudando, mas não é fácil”, acrescentou o inspetor.