Por karilayn.areias
Em São Gonçalo%2C infestação baixou%2C mas alerta e cuidados continuamDivulgação

Rio - Com 72 mil casos de dengue em seis meses — 12 mil a mais que o mesmo período do ano passado —, o Estado do Rio está em alerta com a chegada do horário de verão, mesmo com baixos índices de infestação pelo Aedes aegypti. Em São Gonçalo, por exemplo, o último levantamento da Vigilância Ambiental apontou 1.5% de infestação de larvas do mosquito na primeira semana de outubro. O balanço aponta quadro de médio risco — somente a partir de 4% é considerado alto risco de infestação. Mas não dá para se descuidar.

“No momento a situação está controlada no município, mas é importante que toda a população continue inspecionando suas residências semanalmente à procura de focos”, explica o coordenador de Vetores, Ademar de Matos.

Apesar de o ciclo de reprodução do mosquito acontecer no inverno, é no verão que são registrados os maiores índices das doenças transmitidas pelo Aedes, como dengue, zika e chicungunha. Mas, antes disso, a primavera abre o período de chuvas em boa parte do país e, com isso, é preciso redobrar a atenção para evitar a proliferação do mosquito. “É preciso que a população saiba identificar e eliminar focos de reprodução para que possa ajudar no combate às doenças”, afirma o biólogo Fabio Castelo Branco, da empresa Astral, especializada no controle de pragas.

A ONG Alto Astral, ligada à empresa, desenvolveu e lançou um aplicativo para auxiliar na prevenção e controle do mosquito. O app ‘Aedestrói’ traz dicas práticas, rápidas e não convencionais do que pode ser feito no perímetro perto da casa do usuário, por exemplo. “Assim, a população pode fazer sua parte – não só colocando terra no pratinho da planta ou tampar a caixa d’água”, diz o biólogo. A plataforma pode ser baixada gratuitamente pelo celular. O aplicativo já conta com uma versão em inglês, o Aedestruction, e será lançada a versão espanhola ‘Aedestruccion’.

Além de verificar os locais para não deixar água parada, é importante usar diariamente um bom repelente. Uma novidade no mercado é o Repelente Hipoalergênico que afasta carrapatos e insetos, incluindo o Aedes Aegypti. A Alergoshop, que lançou o produto, garante que é um repelente vegano, livre de DEET e parabenos — substâncias usadas nos repelentes comuns e que devem ser evitadas por grávidas e crianças.

O fabricante diz ainda que o produto possui 20% de icaridina, substância com maior duração na repelência de mosquitos, capaz de afastar 100% deles nas primeiras 7h de exposição, de acordo com testes realizados em laboratórios especializados. Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), a icaridina pode ser usada em crianças a partir de dois anos, aventureiros, praticantes de esportes ao ar livre e pessoas que moram ou viajam para áreas endêmicas. 

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