Rio - Uma intimação para o pai de Marcus Vinícius da Silva Alves, de 34 anos, depor no último dia 17 num processo que a ex-mulher dele move contra ele por ameaça e incêndio teria sido a causa do surto que o teria levado a matar a filha, Marina Luz Borges Alves, de 5 anos, no domingo. O objetivo seria se vingar da mãe da menina. É que, em 2012, ela registrou queixa contra ele na 19ª DP (Tijuca) após uma briga do casal, que acabou se separando depois do desentendimento. À época, ele teria ameaçado jogá-la da escada se ela não o deixasse em paz, jogou as coisas da ex-mulher pela janela, se trancou no quarto e ateou fogo no cômodo. De acordo com o registro, ele já apresentava problemas. O fato teria acontecido no mesmo endereço onde ele morava com os pais e onde a menina foi achada morta. Há informações de que ele tomava remédios controlados e que estaria psicologicamente sob controle, mas que teria ficado muito nervoso após a intimação recebida pelo pai.
De acordo com a polícia, Marcus teria matado a filha, saído de casa e mandado mensagens para os pais. A conversa levou a polícia a suspeitar dele. Nas mensagens, ele pede ao casal para ir até o quarto da filha de 5 anos porque ele havia deixado algo lá para eles. No entanto, o casal entrou no cômodo, mas não percebeu nada de errado porque Marina parecia que estava dormindo. Mas, em seguida, Marcus Vinícius perguntou se a filha estava bem e foi, então, que os pais voltaram ao quarto e viram que a criança estava morta. A menina teria sido morta por asfixia, sufocada por um travesseiro. "Exames de necropsia não apontaram envenenamento, nem medicamentos no estômago da menina, nem sinais de abuso sexual e nem marcas de esganadura, mas a polícia ainda aguarda exames complementares", explicou o delegado-titular da DH, Fábio Cardoso.
Marcus Vinícius, segundo a polícia, é o principal suspeito de matar Marina Luz Borges Alves, 5 anos, e por isso teve a prisão temporária decretada essa madrugada pelo juiz de plantão. Ele foi encontrado pela polícia no Hospital Psiquiátrico Phillipe Pinel, em Botafogo. Ele teria sido levado para lá por familiares. Marcus Vinicius tinha a guarda compartilhada da filha que foi encontrada morta na casa dos pais com quem ele morava.