Por adriano.araujo, adriano.araujo
Rio - A Polícia Civil do Rio, através da Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI), e com o apoio da Polícia Civil de São Paulo, cumpre, nesta terça-feira, dez mandados de prisão contra integrantes de uma torcida organizada do Corinthians, envolvidos na briga no estádio do Maracanã, no dia 26 de outubro, em partida contra o Flamengo. De acordo com a investigação, eles ameaçaram a juíza Marcela Assad Caram Januthe Tavares, que decretou a prisão de 31 pessoas que participaram do ato violento. Seis pessoas já foram presas na ação em São Paulo.
Segundo a investigação, a magistrada do Rio e seu marido começaram a receber diversas mensagens de cunho ofensivo e ameaças após a decretação da prisão dos 31 torcedores. Em entrevista ao Bom Dia São Paulo, da TV Globo, Daniela Terra, titular da DRCI, disse que a juíza e o marido receberam ameaças, inclusive, com fotos da família. 
Torcedores do Corinthians agridem PM em jogo contra o Flamengo, no MaracanãErnesto Carriço / Agência O Dia
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Segundo Terra, "tal conduta é inadmissível em um Estado democrático de Direito. As ameaças proferidas contra a juíza e sua família com o objetivo de intimida-la na prática de seu ofício, são um afronto ao Poder Judiciário".
Além dos mandados de prisão, a polícia cumpre também mandados de busca e apreensão com o objetivo de colher outras provas do crime, assim como identificar outros envolvidos.
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Quatro dos mandados são cumpridos contra integrantes da organizada que já possuem passagens por crimes relacionados à intolerância desportiva. Um deles foi preso por participação na morte do adolescente Kevin Espada, atingido por um sinalizador, em 2013, na cidade de Oruru, na Bolívia. Todos serão indiciados por associação criminosa e coação no curso do processo.?
As ameaças contra a juíza foram reveladas pela Associação de Magistrados e Juízes do Rio de Janeiro (Amaerj). Fotos de Marcela Assad Caram Januthe Tavares com a família foram compartilhadas nas redes sociais contendo comentários ofensivos.
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